segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Ser humano...

Ainda indignada com os últimos acontecimentos, decidi postar hoje alguns pensamentos que passaram - e ainda passam - pela minha cabeça.
Há tanto por lutar, há tanto o que fazer e, em pleno 2015, estamos discutindo qual tragédia é a mais importante. Oi? Não entendi...
Quer dizer que as pessoas não podem se sensibilizar por aqueles que não tiveram condições de se defender? Por aqueles que morreram enquanto se divertiam? Por aqueles que foram sufocados pela lama? Por aqueles que foram assassinados? Por aqueles que passam fome?
É uni duni tê? Devo escolher a mais próxima porque, por obrigação, moro no Brasil? Tragédia é tragédia, minha gente! Uma das coisas mais tristes é o ser - que se diz - humano relativizar a tragédia.
Quanta insensibilidade...
Estou com meu coração apertado... e como pessoa, profissional, ser humano ou seja lá o que for, tenho, pelo menos a obrigação de orar por essas pessoas que não tiveram chance de se defender, pelas famílias que perderam seus entes amados, pelas pessoas que sofrem todos os dias, pelos que morrem de fome, pelos que morrem em hospitais sem sequer serem atendidos...
As tragédias provocadas pela natureza são inevitáveis e doem tanto quanto qualquer outra tragédia. Mas aquelas provocadas pela ação inescrupulosa do homem, são as feridas que mais sangram, as mais doloridas e as inesquecíveis porque são calculadas, programadas e executadas por loucos fanáticos e intolerantes.
O princípio de qualquer relacionamento é o respeito. Posso não ter a mesma cor de pele ou seguir a mesma religião, mas respeitar a fé, o estilo de vida ou opinião alheia é, no mínimo, princípio explicado e comentado em qualquer civilização, em qualquer livro, em qualquer sociedade, em qualquer família, em qualquer escola, em qualquer religião...
E por mais descrente ou sensibilizada que eu esteja, ainda acredito que a humanidade tem jeito. Pois para cada gesto irracional, tem um francês abrindo os braços para consolar um estranho, um brasileiro se afundando na lama para salvar um cachorrinho, um americano prostrado em orações, um africano alimentando outra família, um pai ensinando seu filho a respeitar seu semelhante, um aluno apoiando seu professor numa manifestação, um policial abraçando uma vítima da violência, um vizinho acolhendo um desabrigado...
Portanto,

"Não desanimes. Persiste mais um tanto. Não cultives pessimismo. Centraliza-te no bem a fazer. Esquece as sugestões do medo destrutivo. Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros. Avança ainda que seja por entre lágrimas. Trabalha constantemente. Edifica sempre.
Não consinta que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.
Não te impressiones nas dificuldades.
Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia-a-dia. Não desistas da paciência. Não creias em realizações sem esforço. Silêncio para a injúria. Olvido para o mal. Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes. Não permita que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apague a esperança.
Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.
Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo. Não contes vantagens nem fracassos. Não dramatizes provações ou problemas.
Conserva o hábito da oração para quem se te faz a luz na vida íntima. Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.
Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar. Age auxiliado. Serve sem apego. E assim vencerás"
texto de Emmanuel (mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, do livro "Astronautas do além")




 
   

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Está tudo errado!

Eu não tenho palavras para comentar o POUCO que tenho visto com as pessoas que estão fugindo de seus países para viver em um lugar melhor. Quando eu digo pouco é porque nós, brasileiros, não temos a mínima ideia do que realmente está acontecendo no mundo.
Essa história se repete e, mesmo assim, somos e estamos incapazes de acabar com esse sofrimento.
O mínimo que todos poderiam fazer é abrigar uma família. Se não podemos, que nossos países e governantes o façam. Isso é ser HUMANO. Deveríamos proteger as pessoas e não as fronteiras.
O que me preocupa e todas as vezes que vejo, choro copiosamente, é o sofrimento das crianças. Eu imagino o que será dessas pessoinhas. Qual o futuro delas? O que esperar do ser humano?
A Europa reage com desconforto e desconfiança. Mas, se fecharmos as portas, qual futuro essas crianças terão? Qual futuro terá a humanidade?
Não estou defendendo que a Europa seja obrigada a receber milhões de imigrantes por ser o berço e a locomotiva da civilização. Mas acolhê-los num momento de desespero e de esperança no futuro é o mínimo que se pede de um país civilizado, mesmo em crise econômica. Após acolhê-los, encaminhe-os a lugares que possam oferecer uma vida digna para que essas famílias encontrem um lar, um trabalho, sua dignidade e que possam fazer desse lugar o seu país.
Há anos as pessoas morrem enquanto tentam atravessar o Mediterrâneo para alcançar a Europa. Há anos as pessoas fogem da guerra, da xenofobia. Morrem no mar, nas cercas de fronteira, morrem nas montanhas congelantes... Apesar de muitos europeus ajudarem, ainda é pouco. Tenho a impressão de que não estão cientes da catástrofe que está ocorrendo há anos e que nos dias de hoje nos mostram cenas horripilantes, indescritíveis.
A humanidade está se tornando cúmplice de um dos maiores crimes contra a humanidade no pós-Guerra.
Estamos começando a achar que tudo isso é corriqueiro. E, sinceramente, para mim, está tudo errado. A humanidade está errada e seguindo um caminho tortuoso, cruel. Vemos nossos índios sendo ameaçados e retirados de suas terras desde a época da colonização. Pessoas morrendo de fome, sem água e sem esgoto no Brasil. Esse horror não acontece longe de nossos olhos. Acontece todos os dias debaixo de nosso nariz. E nada fazemos. Nem ao menos nos indignamos. Apenas observamos.
Mas apesar disso, li um post no Facebook uma frase atribuída a Bezerra de Menezes, dizendo que estamos vivendo um momento sombrio na Terra. Mas, que apesar de toda a tristeza e comoção, devemos saber que Jesus Cristo está na direção deste planeta. Leia abaixo,

"Não te deixes envolver pelo pessimismo. Continua servindo e abençoando a vida. O bem triunfa sempre. A pouco e pouco, o homem ergue-se das sombras para a luz. Não cedas às sugestões da descrença. A dor desperta as consciências adormecidas. Ora e confia no futuro. Por mais que se alteiem as labaredas do ódio, o amor é chama divina a dissipar o mal. Lembra-te que o Senhor permanece velando". (Bezerra de Menezes, livro: Tende bom ânimo - Francisco Cândido Xavier)

E talvez seja por esse texto simples que eu AINDA creia na capacidade de superação do ser humano. Afinal, é surpreendente o que cada um pode fazer para superar obstáculos. E são admiráveis as pessoas que não desistem de seus sonhos e seguem em frente.
Para finalizar, descrevo a situação dessas pessoas da mesma forma que Nelson Mandela fez: "Depois de escalar uma grande montanha se descobre que existem muitas outras montanhas para escalar".
Para milhões de refugiados, esse é só o começo...



quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Speechless

Hoje fiquei sem fala.
Na hora, não sabia o que fazer. Apenas indignei-me. Pus-me a questionar todas as minhas decisões, mesmo as mais acertadas.
Foram horas e horas de raiva. Um certo ponto me perguntei: será inveja?
Não. Definitivamente não foi inveja. Foi um misto de raiva e indignação e injustiça.
Explico: para me manter, tenho dado aulas de Inglês. Não consigo emprego na área de Jornalismo. Eu quero sair da minha cidade para uma maior, com mais oportunidades. Mas os caminhos estão fechados. Então, para pagar todas as minhas contas (prestação do apartamento, condomínio, cartão de crédito, etc), dou aulas de inglês em três escolas e nos horários vagos, aulas particulares. E tenho ido às aulas à pé para economizar, carregando livros debaixo de sol.
A injustiça: tenho guardado um pouquinho (leia-se BEM POUQUINHO mesmo) do meu salário para comprar um carro. Tenho paquerado os veículos nas concessionárias já há um ano. Até agora não consegui comprar nem mesmo uma bicicleta. E, hoje, eis que vejo o meu ex-noivo com um puta carro zerinho.
Justo essa pessoa que me roubou, me enganou, mentiu e era a ÚLTIMA pessoa no mundo que deveria receber algum benefício da vida, está andando por aí todo belo (mentira) e formoso, em seu carango novinho em folha.
Juro que não é inveja. Acho muito injusto.
Mas enfim, ele deve ter merecido.
A raiva até já passou, mas ainda estou sem palavras para descrever a raiva que senti de mim e de minhas escolhas. E ele foi uma delas, infelizmente.


sábado, 2 de maio de 2015

Livrai-me

As velas extras no bolo de aniversário, as linhas finas que salpicam no rosto, o cansaço e as mudanças na rotina e no ânimo...envelhecer não é bom. Como digo sempre, envelhecer dói. Por outro lado, traz sabedoria e benefícios.
Confesso que no dia, 3 de abril, as velas não me assustaram. O susto veio quando me olhei no espelho dias depois. Meu Deus do Céu!, gritei! Quanto cabelo branco nascendo!
Imediatamente pensei: quando comecei a envelhecer? Não tinha percebido que a idade havia chegado tão rápido.
Quando penso em envelhecer, temo pelo futuro. Não por apenas parecer outra pessoa no espelho, mas temo por perder a  independência e ficar só. Isso sim me assusta.
Aos 40 anos ganhei liberdade. Eu não tenho que provar nada para ninguém além de mim mesma. Não preciso mais agradar ninguém. O problema é que nasci sem filtro e lutei a vida inteira para maneirar. Mas agora... Se quiser ficar ao meu lado, aceite-me do jeito que sou. Seja família, amigos, amores.
Atitude. Essa é a palavra. Difícil de manter, porém. Laura Carstensen, diretora do Centro de Longevidade de Stanford, afirma que no século 20 nós adicionamos um número sem precedentes de anos para a nossa expectativa de vida. Ao questionarmos se a qualidade de vida é boa, condizente com a atualidade, Laura responde que sim! Em uma palestra no TEDxWomen a psicóloga demonstra que assim que as pessoas envelhecem, tornam-se mais felizes, com mais sabedoria e adquirem uma visão mais positiva sobre o mundo.
Viver é difícil já que não vem com manual de instruções e, na maior parte do tempo, temos que adivinhar sempre. Adivinhar o que é melhor para você, para a sua carreira, para a sua vida amorosa, para a sua família... Pensar em tudo isso me fez pirar.
Agora aos 40 anos, me permito mais. Me permito dizer não, sem culpa. Me permito aceitar apenas o que me faz bem. Não vou mais me entristecer por coisas ou pessoas pequenas. Rezo e peço a Deus que minhas atitudes sejam sempre de paz e harmonia com o universo. O resto é presente. Quem estiver ao meu lado é dádiva do universo.
Não choro mais pelas amizades e amores perdidos. Choro apenas por aqueles que se foram e não pude fazer nada para impedir (meu pai Luís, meus avós Anna e Abimael, e meus sobrinhos Enzo e Lívia)
Afinal, como disse Maya Angelou (um dos meus ídolos) "nunca faça de alguém sua prioridade quando tudo o que você é para essa pessoa é apenas uma opção".



domingo, 1 de março de 2015

15 anos de gratidão

Posse dos membros do E-Club Tropeiros Distrito 4620


Quinze anos se passaram e ainda me lembro de todos os detalhes antes, durante e após minha viagem ao Canadá em 2000-2001.
Fui a primeira itapetiningana a ser selecionada no programa de bolsas culturais oferecido pela Fundação Rotária. Foi pelas mãos do então rotariano Guto que entrei em contato com o Rotary Club. Nessa época, trabalhava no Jornal Cidade de Itapetininga e o Guto pediu para que eu publicasse uma matéria para convidar os jovens a participar da seleção. Eu fui um desses jovens do Distrito 4620. A entrevista com os Rotarianos foi realizada em Ourinhos, em um domingo ensolarado. Guto me deu a notícia já na segunda-feira. Lembro até hoje: "Patrícia, você tem passaporte? Então, é melhor você tirar logo o seu porque você foi escolhida".
Quase enfartei! Realmente não acreditava que eu me destacaria diante de tantos jovens (acho que foram um 80 inscritos naquele dia).
O processo para receber as instruções e me adequar às expectativas do RC foi intenso. Quase cheguei a desistir, pois em Itapetininga, ninguém sabia como eram os passos para selecionar e instruir os bolsistas.
Nesse início de caminhada, um Rotariano que agradeço a dedicação e o desempenho em me mandar para o Canadá foi o querido e saudoso Laureano. Durante meses, nós dois quebramos nossas cabeças e queimamos nossos cérebros para entender o processo e realizar todas as tarefas para que minha viagem ao Canadá fosse perfeita. Lembro de todas as reuniões que tivemos em sua casa. E de todos os conselhos e carinho.
No Canadá, vivi 6 meses na companhia de pessoas maravilhosas, que me acolheram e me mostraram um outro mundo. Agradeço de coração aos Di Febo que me aceitaram imediatamente como um membro da família. Nós rimos, choramos e crescemos juntos.
Conheci Rotary Clubes e Rotarianos interessados em nossa cultura e nossa vida. Mr. Telfer me acompanhou por um caminho que incluiu conhecimento, cultura, companheirismo e ampliou minha rede de contatos.
Retornei ao Brasil disposta a agradecer todas as oportunidades que recebi antes, durante e depois da minha viagem. Pode ter sido apenas uma, mas me proporcionou uma visão de mundo que jamais podia imaginar ter. Me proporcionou não apenas estudar a história, mas vivenciá-la de maneira intensa e enriquecedora.
E finalmente, no dia 28 de fevereiro de 2015, pude receber das mãos de Rotarianos engajados a missão de fazer do E-Club Tropeiros, um clube repleto de projetos e vivência no servir. Posso dividir com meus companheiros as minhas expectativas e meus sonhos de ajudar a melhorar cada dia um pouquinho o bairro, a cidade, o estado, o país, o mundo. É por meio do agir local, que nós Rotarianos, podemos e vamos mudar o mundo. Seremos desafiados a encontrar em nós mesmos os líderes que causarão mudanças positivas no trabalho, na comunidade, nos círculos de amizade, enfim, por onde atuamos e passamos.
Portanto, agradecer a confiança é pouco. Quero mostrar que a missão que recebi terá frutos. Quero lembrar daqui outros 15 anos todas as ações que causaram impacto em outras pessoas e perceber que a engrenagem continua a girar e a colaborar com a paz e o conhecimento, com o companheirismo e com a missão de Dar de Si Antes de Pensar em Si.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Calma na alma


O período que não escrevo é a treva. Uma vida escura, sem som, sem cores, sem imagens.
Tudo o que vejo e percebo durante os meus dias é assunto para este blog. Entretanto, não tenho dado valor à escrita.
Ultimamente, tenho apreciado viver entre histórias e enredos. Prefiro a companhia de livros do que de pessoas.
Também não tenho tido paciência para medir as palavras. Ou me abro por inteira para os meus relacionamentos (todos!) ou não me entrego. Tenho preguiça de ficar implorando por atenção. E, se não tenho nada de interessante a acrescentar, prefiro ficar quieta, apenas observando. And by observing... percebo como as pessoas estão se mantendo distantes, frias, rudes, egoístas em suas relações.
Não sou o exemplo da paz personificada. Tampouco um símbolo da paz interior. Mas, juro, tenho tentado há alguns anos melhorar meu comportamento. E quanto mais me esforço, menos frutos tenho colhido. Será que estou errando? Ou são as pessoas que não estão colaborando?
O problema é que minha alma tem pressa. Não descansa, não dá trégua, não relaxa. E minha ansiedade...ah, minha ansiedade quase me mata.
Em resumo, não há o que fazer. Tento me policiar e conto com a compreensão de todos. Aqueles que me acham amarga, grosseira, negativa, não precisam se dar ao trabalho de me entender. Vocês não são obrigados. Quem gosta de mim, me aceita como sou (com minha bipolaridade não diagnosticada), peço encarecidamente que me perdoe antes mesmo de magoá-los, se é que um dia o fiz intencionalmente. À esses queridos, obrigada por tolerar minha ansiedade, compreender minhas loucuras e ter me amado com todos os meus defeitos, acreditando que tenho qualidades.



 


quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Querido 2015

Sinto muito ano novo, mas desde já estou te alertando de como serão as coisas por aqui.
Não quero e não pretendo ser como todos os outros que lhe pedem milhões de coisas antes mesmo de você começar sua contagem regressiva. Entretanto, estou aqui, de cara limpa (ainda não tive tempo de me preocupar com a cor que usarei na lingerie e muito menos com a maquiagem) tentando fazer um acordo amigável contigo.
2014 foi um porre. Desculpe, ano velho, mas é verdade. Você foi a continuação de 2013 que todos nós sabemos que foi horrível para mim e para minha família. Mesmo assim, obrigado 2014 por não ter sido pior!
Portanto, estimado 2015, quero estabelecer contigo algumas regras de boa convivência e que acordado entre ambas as partes, seja nosso pacto.
1 - Prometo que não farei resoluções de fim de ano, pois sei que não poderei e nem terei vontade de cumpri-las.
2 - Não lerei previsões para o meu signo e não quero nenhuma dica de como será.
3 - Não quero que você me surpreenda. Afinal, não gosto de surpresas ou de saber que não estou no controle da situação.
4 - Não quero ganhar na mega sena (nem joguei mesmo...) mas quero lhe pedir uma grande dose de sorte! Pode vir carregado, eu te ajudo a compartilhá-la.
5 - Não me cobre. Eu sei muito bem o que tenho que fazer e como farei.
6 - Eu não tenho tudo planejado, mas minha vida não é bagunça, muito menos a festa do caqui.
7 - Não quero fazer descobertas desagradáveis.
8 - Que meus ex fiquem no passado, lugar que lhes pertencem ao lado de suas ex. Amém.
9 - Não quero descobrir que o trabalho da minha vida se transformou, mais uma vez, numa mentira deslavada e que meu chefe adorável se tornou no monstro que me apavora dia e noite. Se acontecer, por favor, tenha um plano B extraordinário na sua manga.
10 - Não quero saber se terei que trabalhar o dobro ou o triplo do que já faço. Quero apenas a recompensa: uma farta conta bancária.
11 - Que meu colesterol tenha baixado (de preferência para sempre), mesmo nas épocas de delícias. E que eu não tenha de abdicar do chocolate (que dizem não haverá redução no mundo, graças a Deus!), do queijo e do vinho.
12 -  Ah! Mais tempo para o lazer, porfa. E sem culpa ou consciência pesada. Tá bom, tá bom. Quero mais é que os seus 365 dias sejam recheados de festas, open bar e boca livre!
13 - Que nenhum cantor ou banda ou ator favorito sofra algum acidente estranho e seja encontrado morto. 2014 foi bem sádico comigo nesse sentido.
14 - Me permita viver os 365 dias de sua vida curtindo a internet e todos os seus benefícios de banda larga.
15 - Mantenha os amigos por perto mesmo sabendo que eles me acham uma louca. Ou chata.
16 - Sem metas para emagrecer. Apenas emagrecer comendo o que gosto. Sem proibições, ok?
17 - Família em primeiro lugar. Segundo, dinheiro (como disse anteriormente no item 10), saúde e se, der tempo, amor. Mas tem que ser daqueles com final feliz, certo?
Estamos de acordo? Ótimo!
Seja bem vindo 2015. Estou te aguardando ansiosamente.
Sem mais,
Patrícia
PS.: Por favor, não erre o endereço desta vez. A entrega dos itens acima pode ser feita em doses homeopáticas durante todos os seus dias. Obrigada. ;)



terça-feira, 9 de setembro de 2014

Ano sabático

Vou dormir preocupada com o futuro. Demoro para pegar no sono pois coloco no travesseiro todas as frustrações, ansiedade, medo e cansaço. Acordo, porém, para um dia renovado e cheio de esperança.
Apesar de tudo o que passei, estou muito feliz com meu ano sabático.
Tirei o ano para realizar projetos pessoais, estudar - e muito!, fazer trabalho voluntário, me distanciar da rotina estressante da minha profissão, cuidar da minha família e repensar a vida, carreira, enfim, viver feliz e intensamente. Além disso, já estou preparando para decorar o apê!
Estou super ocupada, mesmo em período sabático. E isso não significa estar de folga. No início precisei descansar a cabeça e repensar a vida, planejar os próximos passos.
É claro que cada um tem um motivo para tirar um ano de folga. Eu tive váaaaaarios. E não me arrependo.
Meu crescimento pessoal e profissional está cada dia mais próximo daquilo que desejo. Largar tudo me permitiu realizar coisas que não tinha realizado até agora. Foi uma escolha que demandou muita coragem e força de vontade.
Eu repensei minha história, meus tropeços e conquistas. Aceitei as escolhas que o destino me ofereceu. Aprendi muito mais do que se eu estivesse trancada em um cubículo, recebendo ordens discrepantes e olhando pela janela desejando estar em outro lugar.
Me sinto pronta para as decisões que terei que fazer em um futuro breve. Em poucos meses, estarei diante da maior façanha. Afinal, a jornada é o destino. O que acontece pelo caminho é vantagem.
Apesar do friozinho na barriga pelas novidades que estão para chegar, sentirei falta do meu ano sabático que durou mais que um ano! (e pra falar a verdade é para poucos! ;) )




sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Quando?

"Chore. Grite. Ame. Diga que valeu, que doeu, que daqui pra frente só vai melhorar. Perdoe, insista, ame novamente. Não leve a vida tão a sério. Descomplique. Quebre regras, perdoe rápido, beije lentamente. Ame de verdade, ria descontroladamente e nunca lamente nada que tenha feito você sorrir".
Vinícius de Moraes era uma homem sábio. Em poucas palavras conseguia sintetizar a essência de viver. Do bem viver.
Para muitos a vida é assim. Descomplicada e sem obstáculos. Mas não para mim. Cada dia é um novo dia, um novo desafio. E como são pesados...
Sinto que estou desperdiçando meu tempo e meus desejos estão ficando cada vez mais distantes. Se conquisto uma coisa aqui, perco outra ali.
Estagnação é o tema da minha vida. Quando dou alguns passos para a frente, algo acontece e dou outros milhares para trás. Observo outras pessoas e vejo que as coisas são tão fáceis e os obstáculos que eles encontram são tão fáceis de superar.
Believe me. 2012 e 2013 não foram anos fáceis de encarar. Sinto-me agradecida pela minha saúde e pela saúde de minha família mas a carga negativa que esteve por aqui foi muito intensa. E ainda está.
Eu sinto o peso do mundo nas costas e estou ficando cansada de carregá-lo. Estou ficando sem forças para me lançar à frente. Estou ficando sem forças para poder me ajudar porque vivo ajudando os outros...
E então, me pergunto todas as noites: quando a minha vez chegará? Quando será mais leve? Quando será?



segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Um lar pra chamar de meu

Há meses eu queria postar sobre esse assunto mas algo me dizia para esperar.
Acho que hoje é o momento de dividir com vocês uma alegria que recebi este ano que, para mim, foi o pior de toda a minha vida (e olha que ele ainda nem terminou...)
Com o dinheiro de meus últimos dois empregos aplicado eu comprei uma cobertura!! Agora eu não posso mais dizer que sou nômade!
A entrega do apê está agendada para julho de 2014, mas como todos nós sabemos deve atrasar alguns meses.
Bom, já venho me preparando para decorá-lo. Eu o comprei no final do ano passado, na planta, o que para mim foi um achado já que não tinha pressa para habitá-lo. Na verdade, nem foi tão difícil encontrá-lo. Me apaixonei logo pelo primeiro que eu vi e eu visitei uns quatro com a ajuda do Jr.
E para comemorar essa conquista, aqui vai um poema de Carlos Drummond de Andrade:

Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.


domingo, 16 de junho de 2013

Feliz aniversário



Como explicar ou definir amor maternal?
É tão sublime, puro e forte! Ultrapassa todas as barreiras do pouco que conhecemos e sabemos.
É um amor repleto de sonhos, desejos, preocupações, companhia, sabedoria.
Ao mesmo tempo reflete uma vida inteira dedicada aos filhos. São 74 anos de disposição, carinho, ternura, bons conselhos.
Às vezes olho para você e desejo ter um pouquinho que seja dessa sua disposição em ajudar e estar ao nosso lado. Quando me sinto cansada ou desanimada, olho para você correndo prá lá e prá cá com suas netinhas e penso que não tenho o direito de estar assim.
Você é nosso modelo de mãe e mulher nesse mundo que não para de nos dar maus exemplos.
Você é nosso porto seguro, nosso chão e nosso mundo. Quando tudo dá errado ou quando as coisas não saem como gostaríamos, você está ao nosso lado nos incentivando.
Somos abençoadas por termos escolhido você como mãe, amiga e conselheira.
Gostamos de estar ao seu lado, de rir, de conversar sobre tudo. Você é tão sábia! E no alto de seus 74 anos, tão disposta ao novo. Você não envelhece, adquire sabedoria e conhecimento.
E por falar em conhecimento, tenho certeza que muitos outros "filhos" seus agradecem por sua persistência e dedicação durante os tantos anos de atuação no ensino público deste país que não está preocupado com a educação.
Obrigada por nos ensinar sobre cultura.
Obrigada por nos ensinar sobre educação.
Obrigada pelo seu amor.
Obrigada por ter me recebido em seu ventre e ter me dado o dom da vida.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Coisas do interior


Fiquei tanto tempo sem escrever aqui que pensei que fosse incapaz de fazê-lo novamente. Mas não foi só isso que me afastou do meu blog. Muita coisa - boa e ruim - aconteceu.
Tenho a sensação de estar renascendo. Estou dando os primeiros passos novamente em muitos aspectos da minha vida. Até então estava sem chão, sem rumo.
Reavaliei muita coisa. Reavaliei sentimentos, ações, posturas, amizades, profissão e família. Percebi que meu porto seguro, mesmo querendo negar desde os meus 14, 15 anos, é minha família. Estamos em um momento de recuperação. Tivemos muitas perdas em um ano. Entretanto, para os pessimistas de plantão, estamos indo muito bem, obrigada!
Não me sinto fracassada de estar aqui de volta, pelo contrário. Me sinto renovada. Só quem mora no interior para saber o quanto esse tempo que temos aqui é precioso. Só quem vive no interior sabe a importância de termos tempo para apreciar as coisas boas da vida. Não temos trânsito, não temos pessoas grossas, pessoas atropelando o outro para entrar em um meio de transporte coletivo, não temos poluição e temos o que você não tem na capital: liberdade.
Tenho minha mãe, com 73 anos e ativa, minhas irmãs, pessoas iluminadas e sábias, e minhas sobrinhas que chegaram há pouco na família, além de tias e primos por perto. Isso é motivo suficiente para ter pena de pessoas que acham que família é um estorvo. E conheci muitas pessoas assim...
Reavaliei minha carreira. Sou graduada em Relações Públicas e em Jornalismo. Amo o que faço e faço com prazer. Admito que ouvi muitas frases como "está uma porcaria", "não era isso que eu queria", "você não é boa com atendimento", entre outras frases "gentis". E hoje posso afirmar: isso não é maneira de capacitar um funcionário. Sei que essas frases me influenciaram em algum momento da minha vida e até me atrapalharam. Elas me fizeram entender o que eu quero e quem eu sou. E eu sou capaz, afinal, trabalhei em todas as áreas da comunicação e procurei me especializar desde o segundo ano de faculdade, isso lá em 1995. Ou seja, são 18 anos trabalhando sem parar.
Neste momento, entretanto, estou em casa, na companhia de minha mãe e de minhas sobrinhas. Observo-as brincando, crescendo e aprendendo e vejo como é bom ter esses momentos. Estou assistindo Sob o Sol da Toscana pela décima vez, comendo pipoca e tomando um chocolate quente em plena quarta-feira chuvosa e fria, coisas simples que tenho certeza, dão inveja em muita gente por aí.
Inicio hoje, portanto, após dois meses de férias forçadas, uma nova fase em minha vida. Aguardem e morram de inveja!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Hopes & Dreams

Inicio o primeiro post de 2013 pedindo aos deuses da escrita que me inspirem o ano todo.
2012 foi um ano difícil, pessoal e profissionalmente. Muita coisa mudou. Aprendi muito e estou disposta a aprender muito mais. Tenhos sonhos e esperança de realizá-los.
O que preciso controlar, entretanto, é minha ansiedade e o tempo. Preciso que o tempo seja meu aliado porque quando percebo já é sexta-feira. Quando percebo já é natal e então, já terminou o ano!
E como diz Mário Quintana, "quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos!"
Acredito, do fundo de minha alma, que este ano será invadido por um turbilhão de sentimentos e ações que mudarão minha vida.
Então, que sejam mais doce...Todas as manhãs.
Que sejam mais doce...As atitudes diárias.
Que seja mais doce...A espera pelas mensagens e ligações.
Que seja mais doce...A minha presença na sua vida.
Que seja mais doce... O convívio.
Que apenas seja mais doce...

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

I`m back, baby



Após um período de ócio e de pouca vontade e criatividade, cá estou.
Minha vida mudou radicalmente. Agora sou uma jovem tia de duas meninas lindas. Tudo gira ao redor delas. Algumas pessoas me criticam por isso, mas quando se é solteira sem filhos, ter sobrinhos ocupa esse vazio.
Esse tempo todo sem escrever aqui me fez (re)pensar os objetivos de vida. Sim, tenho planos. Sim, tenho vida. Estou ansiosa, mas no bom sentido da palavra. 
Além disso, tenho outra novidade. Serei tia de novo. Priscila está grávida novamente. A previsão de nascimento é 9 de junho. Haja coração e bolso pra taaaanto gasto. Mas eu não me importo. Eu trabalho para isso.
Enfim, fim de ano chegando. Estou cansada, mas feliz.
À medida que tiver tempo e disposição, vou postando.
Um beijo.


Tempo de resoluções

Voltando aos poucos. Decidindo e colocando pontos finais em algumas situações que precisavam ser resolvidas.
Tempo de reunir forças para continuar em frente.