quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Sem régua nem compasso

Ainda não sei quem sou e o que pretendo.
Freud explica???
Ainda não fiz o que gostaria de fazer e nem sei direito o que realmente gostaria.
Vivo minha vida sem régua nem compasso. É uma união do improviso com a vontade de fazer não sei o que, mas fazer.
Gosto da minha profissão, mas nunca a senti como minha tábua de salvação. Talvez seja um refúgio onde guardo minha timidez, inseguranças e medos. E foi ela que despertou o monstro do medo em minha alma. Esse monstro me rodeia, me assombra todos os dias me fazendo crer que alguma hora descobrirão que não sou tão capaz. Portanto, vou trabalhando o meu eu de acordo com as situações.
Esta sou eu: a do compromisso e a do improviso.
Tenho uma anaconda dentro de mim se rebatendo e retorcendo, tentando realizar uma ação. Quero tanto tantas coisas que nem sei por onde começar.
Mas até onde acertei mais do que errei?
Ainda tenho desejos. E enquanto tiver desejos pretendo realizá-los.
Desejo que 2011 todos esses clichês sumam de minha vida pessoal, profissional e espiritual.


Happy New Year!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Minhas resoluções pro mundo

Sobrevivi.
Natal em casa, após a morte do meu pai, tornou-se uma encenação de quatro atos: minha mãe, minhas irmãs e eu.
Apesar de não haver estresse quanto ao passar o dia cozinhando e comprando presentes, estressamos com outros membros da família e com os vizinhos, estes que perderam totalmente o sentido de comemorar o Natal.
Agora, nos resta lamentar pelos outros 363 dias que foram perdidos entre decepções, perdas, tristrezas, obstáculos que não foram ultrapassados e que ficarão pendentes em 2011.
Fazendo uma breve retrospectiva, 2010 foi um ano bem esquisito, mas acredito que aprendi muito com tudo o que aconteceu.
Minha lista de resoluções para 2011 é bem curta. Mas não a publicarei aqui. Levarei as resoluções comigo, pós-meia noite e por todo o ano e minha consciência será meu juiz.
Entretanto, farei uma lista de resoluções para o mundo:


1 - Paz no mundo (parece clichê, tipo resolução de miss em concurso, mas é o que todos precisamos no momento. Believe me!)

2 - Salvar o verde e o azul (matas, rios e oceanos, com gestos simples como reciclar seu lixo e NÃO lavar o carro ou sua garagem todos os dias. Varrer é um bom exercício para quem está fora de forma.)

3 - Respeito (por nós e principalmente pelos outros. Coisas simples como usar as palavrinhas mágicas - obrigada, por favor, dá licença -, no trânsito com pedestres, no metrô e no transporte coletivo como dar lugar aos idosos. Aliás, se você chegar a ser um idoso, saberá como o respeito é importante na sua vida.)

4 - Educação (tem relação com respeito. E também tem relação com cultura.)

5 - Saúde (sabia que metade da população brasileira não conta com sistema de rede de esgoto??? e que a maioria das doenças que levam batalhões de pessoas a serem mal atendidas no sistema público de saúde podiam ser eliminadas com a lavagem das mãos e com água potável?)

6 - Segurança (nem preciso acrescentar comentários.)

7 - Perdão (é a forma mais eficaz de ser feliz. Afinal, você quer ter razão ou felicidade??)

8 - Bolso cheio (de dinheiro para fazer a felicidade de sua família e de tantos outros que precisam de muito pouco).

9 - Sucesso (nos negócios, na vida pessoal e espiritual.)

10 - Memória (para lembrar de quem te ajudou quando você precisou e para não ser um chato na velhice).

Até 2011 (ou antes disso se eu tiver algo mais interessante para postar aqui)




sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Jingle Bells

E chegou o Natal!
Época em que as pessoas ficam LOUCAS. Esquecem o verdadeiro espírito e razão da reunião com a família.
Me atrevi sair de casa hoje de manhã e lá fora quase fui engolida por uma multidão de desesperados, carregando sacolas e presentes, atropelando os pedestres na calçada estreita e invadindo a rua, atrapalhando o trânsito. O trânsito estava caótico, mesmo com a presença de várias viaturas e policiais. Não havia vagas em lugar algum e quando há é quase disputada a tapas.
Este ano, minha mãe resolveu não presentear-nos. E vice e versa. Foi uma ótima resolução, afinal, cá estamos numa das salas de casa, sossegadas, sem estresse e aguardando a noite chegar para comemorarmos a chegada do Menino Jesus. Na verdade, o que comemoramos é a esperança na humanidade.
É difícil ter esperança depois do que presenciei hoje de manhã, mas mesmo assim, penso que essa loucura de querer presentear seus amados a todo custo traduz-se em ver a felicidade do outro. Tudo bem que é tudo muito comercial, mas lá no fundo existe a esperança na felicidade do seu próximo e portanto, há esperança.
Enfim, que Papai Noel lhe traga presentes de felicidades, amor, paz, saúde, sucesso e um repleto de notas de R$100,00!!!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Dores do mundo

Daqui duas horas estarei no consultório para outra dose de homeopatia. Acho que conseguirei chegar até 2011.
Não me sinto tão mal. Claro que um dia eventual ou outro, meu humor não está tão bom assim, como hoje por exemplo. Mas estou tentanto ser uma pessoa melhor. E quando não consigo, pelo menos tenho a decência e consciência de pensar: "preciso ser uma pessoa melhor pra mim e para os outros". Meu problema é minha falta de paciência.
É claro que não tenho a pretensão de ser Buda, mas espero cumprir com a missão que me foi designada nesta vida. Essa vontade de melhorar precisa ser extendida por todo o ano e não apenas no fim do ano.
Aliás, falando sobre fim de ano, também não me sinto melancólica ou triste. Estou mais relaxada apesar de todos os problemas. Acredito que estou crescendo sem dor. Sim, porque crescer, dói.

domingo, 5 de dezembro de 2010

No ordinary girl

Eu tenho acompanhamento psicológico de várias maneiras. Em consultório, com doses homeopáticas, mas não com um psicólogo ou especialista da área, e também espiritual.
Não pense que sou louca suicida ou piromaníaca ou babo constantemente e muito menos tenho idéias conspiratórias. Não, sou louquinha de um jeito bem pacífico que só me afeta.
E ontem, em uma das minhas sessões, pude perceber que estou melhorando. A força do pensamento positivo atrai coisas e eventos positivos. Por mais que esteja numa situação bem difícil neste momento, sei que alguma hora este ciclo vai fechar.
Este post não é um artigo sobre uma corrente da psicologia difundida em seminários e palestras sobre treinamento ou motivação.
É sobre eu querendo mudar uma pequena parte de mim, que achava não ter controle. E acredito que estou conseguindo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Isto é um assalto!

Chegou.
Ontem quase chorei ao ver um comercial já relacionado com natal.
Acordei hoje com instinto assassino. Mataria qualquer um que me aparecesse com enfeites natalinos e afins. Depois, ao longo do dia, nas minhas andanças pelas lojas à procura de um sutiã tomara que caia, um pijama decente e uma sandália que não massacrasse meus pés, enfim, consegui enfiar meu pé na jaca.
Meu lado consumidora compulsiva atacou com muita voracidade e, quem sofreu foi meu bolso já maltratado.
Pra variar, a porcaria do cartão de crédito não colaborou quando precisei. Fui o-bri-ga-da a fazer um saque salvador e pagar a compra à vista!
Sai da loja, virei a esquina e me arrependi da compra, não pela qualidade (pois prefiro pagar caro e não querer jogar o dito cujo fora no primeiro uso), mas sim pelo valor.
Enfim, daqui pra frente, como já disse, terei altos e baixos.
Coitado do meu bolso...

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um passo de cada vez


Amanhã é dezembro.
No hemisfério norte, a neve chegou e deixou tudo branquinho e o céu acinzentado.
No sul, o sol brilha forte e só se apaga com as nuvens carregadas que trazem consigo o que costumamos chamar de chuva de verão. Rápidas e intensas.
Mas por dentro, continua tudo em black and white scale. Tenho umas boas semanas pensando positivamente que as coisas vão mudar e um dia, um dia apenas que me mata. Vai chegando de mansinho e a sensação de estar esquecida aqui aumenta em uma proporção que me dá vontade de sair gritando pela rua.
Tenho pressa, mas preciso e acho que estou aprendendo a dar baby steps.
É assim que as coisas funcionam, não como eu desejo.
Preciso fazer algo para melhorar. Quero crescer profissinalmente. Como indivíduo. Quero ser melhor.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Continue pensando... quem sabe dá certo...


Vai dar certo... vai dar certo... vai dar certo... vai dar certo... vai dar certo... vai dar certo... vai dar certo...

Me sinto isolada aqui. Meio esquecida por todos.
As coisas não acontecem como gostaria que acontecessem e por isso, esse teste de paciência simplesmente tira o restinho de paciência e todo o esforço que faço não dá em nada. Se bem que não tenho feito praticamente nada ultimamente. E ainda fico reclamando que nada acontece. Humpf! Até parece que as coisas vão mudar de uma hora para a outra e meus desejos cairão no meu colo...
Gostaria de receber apenas uma resposta... aquela que faria meu dia iluminar!
Eu tenho que continuar pensando:

Vai dar certo... vai dar certo... vai dar certo... vai dar certo... vai dar certo... vai dar certo... vai dar certo...

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Rugas de alegria


Tantas coisas acontecendo por aí e eu, aqui, olhando pela janela e vendo o tempo esvair.
Uma angústia me corrói a alma, mas lá no fundinho tenho a sensação que isso vai passar. Está passando. Passou...
Não sei ficar parada. Eu sou, diz o meu mapa astral. E eu complemento: sou aquilo que eu faço e faço com gosto, portanto, sou ótima no que faço. E não venha me dizer que não sou capaz, pois ninguém me conhece. Ninguém sabe como eu cheguei até aqui. O meu caminho é muito diferente do seu.
Estou me preparando psicológica e fisicamente para um novo desafio.
Por enquanto, me preocupo com um dia de cada vez. Baby steps.
Não vou mais pirar para programar o minuto seguinte, as tarefas diárias. Apertarei o botão FODA-SE e descansarei minha beleza. Farei o que for possível, da melhor maneira possível, sem estresse, porém, com a ética e profissionalismo de sempre.
Desencanei. Estou mais feliz, mais bela e mais magra! Não quero mais rugras de preocupação, tão profundas e sem viço. Quero rugas de alegria, de tanto rir, de sentir prazer pela vida, pelos amores e por mim.


1 - Afaste-se de pessoas e fatos negativos;

2 - Acredite em você. Valorize suas ideias e intuições;

3 - Não reclame. Não fale mal dos outros;

4 - Ilumine bem sua casa e seu trabalho. Luz traz alegria;

5 - Tenha foco. Decida o que quer e concentre sua energia;

6 - Invista em você. Tenha uma atitude de aprender sempre;

7 - Comprometa-se! Participe! Faça mais que os outros esperam;

8 - Preste atenção aos detalhes. Um detalhe faz a diferença;

9 - Cuide-se. Goste de você. Vista-se bem;

10 - Pare de chorar! Aja! Erre! Só não erra quem não faz!

(Prof. Luiz Marins - 10 Dicas para viver com entusiasmo)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Educação digital é bom e eu gosto

Já li e vi de tudo na net. Sei que às vezes a gente conversa nas mídias sociais sozinho. Ninguém responde... Mas mesmo esse desabafo de milhões de pessoas que não têm como se comunicar senão por essas redes, gera polêmica. Coloca-se na roda então o tipo de assunto que as pessoas estão postando sem se importar com as consequências de suas palavras, como se ninguém do outro lado da tela do computador acompanhasse.
Mesmo sendo apenas um desabafo, gritando pra alguém ouvir, precisamos maneirar um pouco. Saber que o que se digita aqui, o MUNDO tem acesso.
Liberdade de expressão não é afrontar outras pessoas, humilhá-las ou menosprezá-las em seu credo, raça, condição social ou qualquer outra característica que não agrada alguns poucos mal informados.
Liberdade de expressão é saber muito bem que suas palavras afetam outras milhares de pessoas. Foi por isso que sempre sonhei em ser jornalista. O ato de escrever requer muita responsabilidade. E tudo o que está no papel (no nosso caso, nas mídias) é levado muito à sério. É como se fosse um contrato com o leitor. Ele pode aceitar nossa opinião ou não, mas temos que estar atentos quanto ao uso da palavra e respeitá-lo. O leitor não é burro.
Incitar o preconceito, o racismo, a discriminação é crime. Não acredito que houve uma orquestração político-ideológica quando aquela estagiária postou "seus pensamentos" quanto a vitória da candidata da situação à presidência e sim, um desrespeito absurdo com seus compatriotas, uma falta imensa de educação com seu povo e com a democracia.
Já disse aqui que preferia outro candidato à presidência, mas nunca subestimei a capacidade de um outro cidadão em fazer suas escolhas. A maioria escolheu, a maioria venceu. Isso é democracia e respeito à opinião alheia.
Portanto, acredito que todos têm direito à expressão. E não estou aqui apoiando a censura ou restrição do uso das mídias. Muito pelo contrário. Estou sim, apoiando o direito de expressar seu pensamento sem agredir o próximo. Críticas haverão, mas é preciso aguentar o tranco a partir do momento que você se dispôs a dar sua opinião. Apagar as contas após o abuso não significa arrependimento.
Isso que a estagiária e tantos outros que deram RT às mensagens de discriminação fizeram traz à margem das discussões a falta de educação e cultura de alguns milhares.
Leiam. Informem-se. Argumentem. Discutam. Não abusem de um poder que está em nossas mãos e que tem como objetivo mudar a história, a nossa história. O que escrevemos hoje será história amanhã, portanto, pensem antes!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

My burn out

Bom, acho que já sei porque me sinto tão mal. Não sabia responder até mesmo para meu médico, mas após ler um artigo sobre Burn out na Folha.com, acho que estou no caminho.
O artigo conta como esse transtorno psíquico afeta a vida de quem rala e se sacrifica pelo emprego. Pode ser desencadeado por situações contínuas de estresse no trabalho, mas não é apenas estresse acumulado. É mais. É pior. É como me sinto.
A doença ataca pessoas dedicadas demais ao trabalho. Elas descobrem que nada daquilo que se dedicaram valeu a pena. É uma exaustão na alma. As pessoas não se sentem mais conectadas com o trabalho, ficam sem vontade de produzir. Há uma desilusão, uma sensação de esforço demais e recompensa de menos.
Às vezes, fico muito triste; outras, choro copiosamente como uma garotinha; outras, peço ao universo para sair daqui mas ninguém ouve... então, fico em silêncio e as pessoas acham que estou de mau humor...
E para piorar, já estamos em novembro. Não vejo boas perspectivas para este fim de ano. Enviei centenas de currículos, mas não houve resposta alguma. Esperava mudar de emprego antes do Natal, mas pelo visto, estarei por aqui por mais algum tempo, infeliz.
Plus, me sinto completamente desiludida com minha profissão. Ainda hoje pela manhã, respondi uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, sobre o perfil dos profissionais de Comunicação no Brasil. E, uma das perguntas era: "qual seu próximo plano profissional para o futuro". Dentre as várias opções - novo emprego, promoção no trabalho atual, aprender nova habilidade, mudar área de especialização, entre outras - escolhi a opção para minha situação emocional atual: abandonar a área.
Eu ainda não sei se Jornalismo é minha paixão. Eu nem sei se eu tenho uma paixão.
Espero que consiga entender agora, dr. Pedro.

domingo, 31 de outubro de 2010

Saúde, educação e ética

Deixando as opiniões políticas de lado, esse é um momento histórico para o país, com a eleição da primeira mulher à presidência. É fato.
Não sou fã dela e nem de seus companheiros de partido. Aliás, sou bem cética quanto a isso, mas prefiro acreditar que o país continuará crescendo.
O que eu realmento quero é que a educação, a saúde e a ética sejam pontos base de seu governo. Que ela cumpra realmente a metade do que disse, pois o trabalho para a erradicação da miséria é árduo, difícil, mas não impossível.
O mérito, opinião minha, não é dela. Sem o apoio do presidente Lula, Dilma não teria sido eleita.
Tenho medo. Espero que esteja errada. Que 2011 seja um ano bom para todos. E que os anjos digam Amém!
Caso contrário, 2012 está bem perto!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Delírios de consumo!

Não resisti. Já é quase uma da manhã e tive que vir aqui, compartilhar o que me aconteceu hoje.
Saí com minha mãe. Não tínhamos nada de muito importante para fazer no centro, então, resolvemos passear, após passar no banco para fazer um saque, no lado chique da cidade.
Olhando as vitrines, comentei que precisava comprar umas roupas, pois trabalhar na redação, me fez sentir como se tivesse passado uma temporada no SP Fashion Week e eu era a repórter nerd que não ligava para o que vestia "porque essa não era a minha vibe".
Já sou uma jovem senhora e ainda não consegui achar meu estilo. Odeio roupas com listras verticais (as cor-sim-cor-não), floridas, transparentes e com babados. Sou chaaaaaaaaaaata ao extremo para escolher roupas. Gostaria de ter um personal stylist para me ajudar. Não se engane: adoooooro fazer compras, mas tenho que estar no dia certo, ou seja, bem longe da TDM (no meu caso é D de durante...).
Enfim, paramos para olhar uma vitrine que me atraiu. Minha mãe gostou de umas regatinhas. Logo que comentamos, a vendedora saiu de dentro da loja para nos mostrar as novidades. Lembrei da Tuna, saindo do açougue para caçar os clientes na calçada (kkkkk, sorry, Tuna...). Pensei: posso comprar umas duas blusinhas e pagá-las com cartão. Comecei a ver as araras e não gostei muito dos modelos que a vendedora mostrava. Meu sexto sentido gritava: saia logo dessa loja!!! Insisti.
Tratei logo de dizer minhas preferências, pois vi que a vendedora estava empurrando as peças (não estou julgando, mas acho que a vendedora precisava ser mais precisa em conhecer um pouquinho sua cliente) e fui procurar outras peças nas araras. E adivinha: ela insistia em mostrar peças super decotadas, com listras e floridas.
Achei duas peças que me chamaram a atenção na loja toda. Fui experimentá-las. Enquanto isso, minha mãe achou vestidos, coisa rara para uma senhora de 70 anos.
Experimentamos as peças. Eu costumo olhar a peça para ver possíveis erros de costura. Minha mãe escolheu um vestido. E lá estava eu, no provador ao lado, dizendo pra vendedora que aquelas peças não me agradavam porque eram decotadas, transparentes, apertadas, floridas, listradas. Até que escolhi três peças.
Fui pagá-las. Meu espanto: mais de 300 reais por duas blusinhas e um casaquinho. Na minha atual situação (que prefiro não comentar), com esse dinheiro faço uma p*** compra na Maria Marcolino e na rua Oriente em Sampa. Para não me enrolar com a fatura do cartão, resolvi levar uma blusa e o casaquinho. Pedi que fizesse no crediário. Fui olhar o casaquinho e vi a etiqueta: mais de 100 reais por uma peça com uns 40 centímetros de pano e renda. Sim, 20 centímetros de pano e 20 de renda. Fiquei boquiaberta pelo preço, pela cara de pau da vendedora de dizer que o casaquinho era uma peça de acessório e por mim, que mesmo assim levei a peça.
Pior ainda foi ouvir da vendedora que minha compra não passou no cartão. Tentamos 3 vezes e nada. Me lembro muito bem de ter pago a fatura cinco dias antes da data e de ter limite. Minha mãe se ofereceu para colocar no cartão dela junto com seu vestido. Surprise, surprise. O cartão dela também foi rejeitado pela tal maquininha. Ligamos para o 0-800 do cartão e, tinha um óoooootimo limite para compras. Quando resolvemos desistir da compra após o vexame dos cartões, a vendedora já tinha retirado as etiquetas, embalado as roupas nas sacolas. Fomos obrigadas a levar as peças no crediário da loja...
Eu não precisava realmente da roupa, mas num delírio consumista durante a Tensão, levei a roupa por questão de honra, independente do cartão colaborar ou não.
Foi ridículo. As vendedoras dizendo que era normal aquele tipo de problema com cartão. E nós duas totalmente envergonhadas, querendo desistir da compra e não ter entrado nunca na loja. Saímos de lá constrangidas, com remorso de termos comprado sem necessidade.
Agora percebo que a saída da vendedora da loja para nos interpelar na calçada, olhando a vitrine, foi puro golpe de marketing! Ela soube realmente vender. Saímos de lá com a sensação de dever um favor à pobre funcionária. Com apoio total e irrestrito de nossos cartões!
Da próxima vez, juro, juro que passo na calçada sem mover qualquer músculo do pescoço para olhar pra qualquer vitrine que seja!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Segundo round

É engraçado como a cultura e a educação influenciam sobremaneira as nossas escolhas.
Quando temos acesso à educação, podemos analisar mais criticamente nossos candidatos e suas plataformas eleitorais. Não apenas os candidatos, mas teríamos mais argumentos para questionar os políticos que escolhemos e que não estão fazendo seu trabalho.
Ainda assim me espanto com as pessoas nas ruas, comentando sobre o segundo turno da eleição para presidente. E me espanto mais ainda quando as pessoas se doem por seu candidato não ter sido eleito no primeiro turno como se isso dependesse sua vida.
Os valores inverteram. São eles, os candidatos, que precisam de nós, dos nossos votos, da nossa aprovação. Eles precisam mostrar que estão aptos a exercer esse cargo. Não devemos a eles nenhum favor, pois esses candidatos serão nossos representantes. É do nosso bolso que sai o dinheiro para o pagamento do salário desses candidatos.
Fico triste porque o país ainda não investiu o suficiente na educação para que a população tivesse condições melhores para analisar e criticar (de propósito ou não, não sei...). Talvez educação e cultura ainda não estejam na pauta dos candidatos e muito menos na vida dos brasileiros. Imagino como será o futuro do país... aliás, não quero saber.
Portanto, vamos para a segunda etapa. Espero que Deus olhe por nós, brasileiros, porque se depender da vontade da maioria, estamos fritos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Se cercar, vira hospício; se cobrir, vira circo!


Aqui estou. Tentando configurar meu micro, pois meu teclado evita ardentemente acentuar as palavras. Ce cedilha não existe... o ponto de interrogação é tecla mística.
Mas não estou aqui para questionar a configuração do meu micro e sim, para desabafar.
Até agora não consegui escolher meus candidatos para esta eleição. Se bem que há várias eleições que meu voto é sofrido. Estas não são exceção.
Já tenho meu candidato a presidente, mas não é o meu ideal. Menos ainda os candidatos a governador, senador e deputados. A vaga para candidatos a deputados virou chamariz de voto para membros do mensalão e candidatos fichas suja (aliás, toco nesse assunto mais pra frente), além de ter que aguentar sub celebridades, ex-jogadores, palhaços, entre outros esquisitos.
Na reta final, vejo alguns candidatos como potenciais, mas nenhum capaz de ter um programa de projetos que seja realmente posto em prática. A luta pela vaga é disputada não por candidatos, mas pelos marketeiros. Mostram um Brasil lindo, com economia e educação dignos de primeiro mundo. Mas o que vemos é um país que ainda não possui sequer cultura para separar o joio do trigo. Um país em que as pessoas ainda trocam voto por dentaduras, botinas, dinheiro.
Outra vergonha é o país ter que obrigar seus candidatos a ter ficha limpa. Para ser candidato, a ética e a honestidade tinham que ser inerentes ao caráter da pessoa. Não uma obrigação e sim, uma qualidade.
O futuro político do país precisa ser levado a sério. Olhando bem para os candidatos e seus projetos dá uma vontade de reclamar, mas o voto de protesto leva para o congresso membros do mensalão e outras espécies de malandros e afins. Políticos confundem política com politicagem e dá nisso: se cercar, vira hospício. Se cobrir, vira circo, como dizia meu bisavô.
Agora nos resta apertar as teclas e rezar para que as pessoas que nos representarão sejam dignas do salário que receberão e que sai dos nossos bolsos.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pior que está fica sim!

Eleger um candidato é uma oportunidade de fazer valer sua voz. O deputado, prefeito, senador, governador ou presidente são seus representantes e portanto, devem servi-lo com ética e senso de justiça.
Entretanto não é assim que o processo eleitoral acontece no país. Muitos são os candidatos que estão concorrendo a uma vaga simplesmente pela oportunidade de ter um cargo público e usufruir de seus benefícios, estes, pagos com nosso trabalho dentre as várias taxas e impostos, muitas vezes abusivos.
É por esse motivo, também, que devemos ter em mente o voto consciente. Há décadas o eleitor se depara com candidatos despreparados, com venda de voto, com promessas e escândalos em época de eleições.
As denúncias e escândalos provam o quanto os candidatos eleitos se mostram ávidos pelo poder e cercados pela corrupção. As promessas são engavetadas, algumas vezes cumpridas, mas muitas esquecidas após a campanha. Serviram apenas para ganhar a confiança do eleitor indeciso. A venda de votos não acontece apenas no sertão ou nos rincões do interior. Está muito mais enraizada em nossa cultura, agravada pela falta de assistência e de qualidade de vida da população.
Entra campanha, sai campanha, e de quatro em quatro anos aparece alguém que se transforma no maior sucesso da temporada. Com a falta de opção, aparece em primeiro lugar nas pesquisas com 900 mil votos. Escolhem o palhaço, muitos lavrando assim seu protesto. Outros, achando que esse personagem engraçado pode representá-los, ingenuamente.
O voto de protesto já aconteceu em eleições anteriores. Lembro até mesmo de uma eleição em que um animal do zoo (se não me falha a memória) foi o mais votado. Entretanto, o candidato travestido de palhaço não tem a menor noção da importância de um deputado federal para a sua região. Me surpreende ainda mais o partido, aceitá-lo na legenda. Mas dizem os especialistas que há algo por trás dessa candidatura. 900 mil votos é muito além do necessário para se eleger. Os votos excedentes, segundo eles, vão para o partido ou para a coligação. Nesse caso, o voto proporcional poderá eleger também candidatos ligados ao escândalo do mensalão.
Nota-se pelo teor das entrevistas, pelos programas do horário eleitoral e pelos debates que já foi a época que os candidatos traziam programas e projetos e explicavam as propostas claramente e polemizavam quando preciso. As entrevistas e debates ficaram mais amistosos, muito mais chatos, deixando escapar evasivas e perguntas sem respostas. Um candidato tem propostas interessantes, mas evita falar, buscando apenas o apoio de seu antecessor pois este é popular. Um outro, não possui propostas e quando interrogado, desvia o assunto. Um terceiro tem proposta, mas não consegue ser conciso, claro, chegando ao ponto da incompreensão e da falta de senso de oportunidade em adquirir simpatizantes com as falhas de seus adversários. E assim por diantes, vivemos nós eleitores, aturdidos com nossos representantes e nas mãos de seus partidos, que preferem a politicagem ante a política.
O voto consciente não vale apenas para o dia 3 de outubro. Ele será nossa voz, nossos olhos e consciência por longos quatro anos e além. O futuro do país está em nossas escolhas, em nossos representantes. Eles são muito mais que nossos funcionários (já que parte de nossos impostos pagam seus salários), são a chance de melhorar a qualidade de vida de milhares de brasileiros. Os 135 milhões de eleitores têm nas mãos a chance de fortalecer a democracia.
Não estou fazendo apologia ao voto branco ou nulo. Muito menos generalizando e afirmando que todos os candidatos fazem parte dessa escória que assola a política brasileira. Temos - e tivemos - bons exemplos na política. Sua memória é boa? Então você certamente se lembra. Quem tem memória curta, pensa apenas no presente, e acha que pior que está não fica...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ser ou ter? Eis a questão...

Me sinto vazia, sem rumo. Acredito que todas as pessoas que se viram na mesma situação que me encontro questionaram, um dia, se fizeram as escolhas corretas.
O que mais pesa em tudo o que eu faço, é o lado profissional. Ficar num beco, sem saída, esperando que um milagre caia do céu, não faz meu tipo. Mas, pergunto: que fazer? Não tenho por onde começar a procurar. Poucos são meus contatos em São Paulo. Outros poucos em Sorocaba. Quero começar algo novo, que me desafie, e suplico ao universo que ele conspire a meu favor e um dos e-mails e currículos que enviei, ao menos, seja respondido.
Gostaria muito de voltar a morar em Sorocaba. A cidada é tão acolhedora, as pessoas são mais sensíveis e menos estressadas. Lembro-me de uma tirinha da Mafalda, que reclamava: "E não é que neste mundo tem cada vez mais gente e cada vez menos pessoas?!". Entende? Ninguém quer colaborar, ajudar, não são pessoas; são indivíduos com suas necessidades em primeiríssimo lugar. Não importa o quão capaz você seja. O que realmente importa é se você se encaixa no padrão que eles acham ser correto.
Ah, indiferença... esse mal que atinge a grande maioria das pessoas e elas nem percebem que contraíram o vírus.
Talvez eu esteja infectada com tal vírus, pois passamos por situações ou vemos em nosso dia a dia pessoas sofrendo e achamos que isso faz parte da nossa realidade. Acabamos aceitando a vida como ela é. E nem agradecemos ao universo tudo o que somos e o que temos.
Mas ainda assim, reluto em acreditar que existam mais pessoas más, invejosas, traiçoeiras do que pessoas engaijadas, corajosas, capazes. Talvez ainda viva no país das maravilhas. Quem sabe um dia essas pessoas percebam que o ser é mais importante do que o ter.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

10 coisas...

"Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirige o meu carro
E odeio o seu desmazelo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Ainda mais quando me faz chorar
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar nem um pouco
Nem por um segundo
Nem mesmo só por te odiar"

Irada, mal paga e ****

Esperar por algo ou alguém, para mim, é a coisa mais torturante que existe. Quando são as duas coisas, quase arranco os cabelos de ansiedade.
Não sei como pode acontecer, mas aconteceu. Fracassei um pouquinho mais. Quase nem foi minha culpa... Não tenho certeza do que estava fazendo lá. Mas acreditem: foi a melhor e a pior experiência que já vivi. Se não cresci profissionalmente falando, não acontecerá novamente.
Pensei outro dia com meus botões: ser jornalista é a pior coisa que se pode escolher pro seu futuro. É sério! Vocês conhecem um repórter milionário?? Famoso tem aos montes, afinal, hoje qualquer um tem seus 15 minutos de fama. Mas eu não quero fama. Eu quero ser reconhecida pelo meu talento e capacidade. E, claro, ter um bom salário, porque trabalhar de graça, vocês já sabem né?
E foi com essa insatisfação que me imaginei no lugar de várias pessoas. E não tem jeito: vou acabar vendendo água de coco na praia! Primeiro, porque estou ficando cada vez mais nervosa com a falta de educação das pessoas. Tenho vontade de sair dando sapatada nesse povo sem noção que acha que são donos das ruas, dos metrôs, que te empurram, te acotovelam, que atendem mal, que quase te atropelam, aff!
Segundo, porque a concorrência é grande. Pronto, falei! Outro sábado, finalmente saí. Fui a uma danceteria com amiga e o que eu constato: ou é gay (sem ofensa alguma, afinal adooooooro) ou é emo ou é sapata. Bom, o lugar é próprio para esses frequentadores, a música é muito boa, mas eu não faço parte desse público. E, pra variar só um poquinho, lá também te empurram, te acotovelam no estômago, te atendem mal e de lambuja, te passam a mão.
Agora, preciso ter a paciência de um santo para refazer minha vida, recomeçar e aguentar a educação dinamarquesa desse povo. E mesmo sendo jornalista, não consigo descrever, não consigo achar as palavras certas para expressar minha indignação. Só sei que a humanidade está caminhando. Talvez para o fim do mundo...


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Volta aos tempos áureos

Como as coisas mais simples fazem falta quando você não as realizam? Um simples chopp num barzinho com os melhores amigos faz uma faltaaaa...
Poder falar besteira sem ser censurado, trocar ideias insanas, teorias de conspiração contra gente chata e perseguidores, botar as fofocas em dia... é tãaaao bom! É tão bom rir! Rir dos amigos e com eles!
Pena que mal deu tempo de convidar todos os amigos. Falei com a Caah por pouco tempo, sinto falta da Mary.. Foi uma passagem rápida pela cidade que eu amo de paixão. Nem deu tempo de tirar fotos para atualizar as redes sociais, mas valeu muito a pena, especialmente no momento em que me encontro. Me perdi? Sim, me perdi e não sei que rumo tomar...Não para onde ir ou que direção tomar para poder iniciar outro caminho. Mas só de saber que posso contar com eles em qualquer situação, me alivia a alma.
Minha alma está pesada. Ainda penso que foi culpa minha, que fracassei mais uma vez. Entretanto, meus fracassos e erros são tão pequenos diante de meus melhores amigos.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Comendo, rezando e amando


Putz, julho já está no fim e este mês não deu para fazer quase nada, tamanha a ansiedade em que vivi.
Mas fico feliz em saber que terminei mais um livro. Li, no início com ressalvas, "Comer, rezar, amar," de Elizabet Gilbert, depois para matar a curiosidade para saber por que virou best seller e depois, para saber o que poderia absorver daquela experiência extrema.
Bom, pra começar, a autora, à época, tinha minha idade. 35. E vivia as mesmas frustrações com sua vida pessoal que eu vivo hoje. Claro que a diferença é que o casamento foi o motivo do descontentamento consigo mesma. No meu caso, a solteirice.
Voltando ao mês, este foi o ápice de minha loucura (detectada medicamente falando). Fiquei tãaaaaaaaaaao nervosa com meu desempenho no trabalho, que estava quase subindo pelas paredes. Resultado: crise brava de rinite, ansiedade, palpitações, dificuldade para dormir, crises de choro e alergias. Além disso, ficava pensando o tempo todo se valia a pena passar por tudo, se eu não me joguei de cabeça sem avaliar as consequências e uma vontade enorme de desistir e voltar pra casa.
Resolvi marcar uma consulta com meu homeopata. Contei tudo! Ele analisou e chegou à mesma conclusão de antes: tudo isso é doença. Estou doente da cabeça, ou melhor da mente. Minha mente é tãaaaaaao fértil e intensa que imagino zilhões de coisas e penso em zilhões de coisas ao mesmo tempo e daí, fica difícil discenir o que está certo ou errado para mim. Bom, daí pra frente, a coisa só piora. O importante é que já tomei remedinho com potência alta, beeem alta. E no mesmo dia já me senti melhor.
Hoje estou mais calma. Mas de vez em quando ainda me vem uns flashs, começo a pensar besteira, a roer as unhas e então, me acalmo novamente. Acho que preciso de uma nova dose só para completar o serviço!
Durante esse processo, estava lendo o tal livro. Tem umas passagens muito boas e uns mantras que poderia usar no dia a dia, se eu meditasse. Mas além disso, a experiência de Elizabeth na procura por Deus, na procura do prazer e da divindade me fez pensar muito. Estou no mesmo processo, procurando Deus. Mas acho que todos já sabem onde Ele está. O que preciso agora é focar mais nesse relacionamento. Os pensamentos positivos que tenho enviado ao Universo talvez possam me ajudar algum dia. Estou depositando-os em algum arquivo universal para quando precisar - ou pra quando o remédio não fizer efeito!
Preciso ter fé que tudo vai dar certo, senão qual o propósito disso tudo? Brinco que caí de paraquedas na revista, mas acredito que não foi uma brincadeira do destino. Assim como me senti tocada pelos sofrimentos que a autora passou e conseguiu suportar tudo, mudando o que havia de errado dentro dela, da cabeça e do coração dela, acredito piamente que assim acontecerá comigo. "Isso também passa".
Enquanto tento colocar meus pensamentos em ordem, em alinhamento com o Universo e comigo, continuarei comendo (chocolate), rezando (à Deus, da minha forma, para conseguir fazer meu trabalho da melhor maneira possível porque meditar é coisa impossível de realizar quando se tem uma mente louca) e amando (a homeopatia, santa homeopatia!) por equanto...


quinta-feira, 1 de julho de 2010

A (des-)arte de conquistar - 2

Ainda sobre o assunto, quero acrescentar que meu fracasso social também se dá em outras esferas.
A sociedade - nem preciso dizer como ela é, pois todos nós sentimos na pele as dificuldades e estresses diários - nos obriga a "rebolar conforme a música". E quando isso não acontece, há a exclusão. Meu primo - que nasceu aqui - me disse como esta selva de pedra pode ser extremamente madrasta até mesmo com seus filhos. As coisas por aqui acontecem em outro tempo, em outra realidade, bem diferente daquela que somos acostumados no interior, onde é hábito dizer "bom dia" se não por educação, que seja por delicadeza. O nível de intimidade na cidade grande é quase zero. No trabalho, a situação é a mesma. É cada um por si. Faça o seu que eu faço o meu.
Eu, que sempre usei as "palavras mágicas" (bom dia, por favor, com licença, obrigada) e que acredito que educação vem de berço, fico assustada com o desprendimento das pessoas. A desculpa é sempre o corre-corre diário, a ansiedade de se fazer tudo pra ontem. Não custa nada usar as palavras a seu favor. Pelo contrário! Você está desejando que a pessoa tenha um bom dia, um dia agradável, com coisas boas acontecendo. E quando há a recíproca, tudo de bom que você desejou naquelas simples duas palavrinhas, volta em dobro pra você. O dia fica tão mais leve!
Mas na cidade grande, as pessoas esqueceram o quanto é importante o relacionamento humano. O contacto com o outro é menosprezado por falta de tempo. Às vezes, por falta de educação mesmo... As relações interpessoais foram diminuídas, isoladas às páginas de relacionamento da internet.
Entretanto, essa manifestação (anti)cultural paulistana se dá há anos e anos e não é culpa da net, mas agravou-se com ela. A exigência de ser produtivo levou as pessoas à relacionar-se superficialmente. Mal se falam no trabalho - mesmo que dividam a mesma estação de trabalho -, mal conhecem seus vizinhos e mantém um círculo de amizades restrito, sem aberturas. E quando se vêem numa situação diferente, se sentem perdidos: lembro de uns amigos de São Paulo que foram passar as férias de julho no interior. Em casa, eles se sentiram completamente constrangidos pela maneira como tratamos os outros (lembre-se: gentileza gera gentileza), especialmente minha família. E quando perguntei à minha mãe se podia tomar banho (hábito que temos até hoje), foi o fim do mundo para eles!
É por isso que me sinto tão perdida por aqui. É exatamente por isso que me sinto sozinha e morro de saudades dos meus amigos do interior. Fazer amigos lá é uma coisa natural. Não precisamos nos esforçarmos para sermos agradáveis. É por isso que, para mim, Sampa ainda continua um lugar cinza.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

A (des-)arte de conquistar

Ah, se antes já era difícil, agora então, se torna uma barreira 99,9% instranponível.
O que muitos homens achavam que aquilo realmente acontecia comigo - e que eu confirmava pra não ficar muito feio - torna-se uma vontade (e uma realidade) beeeeem distante.
A verdade é a seguinte: não opero com nenhuma habilidade, destreza ou malícia a arte de conquistar. Não faço aqueles joguinhos que a maioria das mulheres sabe fazer e não sei encarar o sexo oposto com "olhar 43, aquele assim, meio de lado, já saindo indo embora, louco por você", muito menos chamar sua atenção.
Resultado: vida social inerte. Mortinha da silva. Essa arte não é pra mim...
Não estou me queixando ou dando uma de mulher desesperada, louca pra dar uns beijos no primeiro ser que aparece na sua frente. Não, de jeito nenhum. É apenas um fato, uma constatação que faço desde que vim morar em Sampa. Irônico, para quem já conhece a história de "São Paulo não é a nova Piauí". Vim, mas vim sozinha e feliz!
Talvez seja apenas o fruto de muitas frustrações e o medo de me estrepar novamente. Sinto falta quando coloco a cabeça no travesseiro ou quando tenho que enfrentar a vida lá fora. Fora isso, tudo bem. Me sinto livre pra fazer o que quiser, quando quiser. Essa é a vantagem absoluta da solteirice!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Amor de mãe

Níver de mommis!!!!!
E eu não pude estar ao lado dela hoje...
Comemoremos então 7.1! E que venham mais 7.1 momentos de felicidade, saúde, paz e muito amor!
Minha mãezinha é forte, guerreira, como tantas outras mães desse mundão. Mas ela é especial porque é mãe Moura. E pra entendê-la, só sendo um Moura. E nem sempre isso acontece. A mãe Moura é mil vezes mais sábia, mil vezes mais compreensiva, mil vezes mais enérgica, mil vezes mais brava, mil vezes adorada, mil vezes tudo!
Lov. u forever mom!!!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Conselhos de pé de ouvido

Apesar de quase fazer um ano que estou aqui, ainda me sinto um pouco insegura. As coisas melhoraram 200%, mas vocês sabem como sou. Ariana, apesar da confiança exagerada, conto com um diabinho no ombro cochichando o tempo todo no meu ouvido: "ainda não está bom o suficiente!". Do outro lado do ombro, tem o anjinho dizendo que "você está indo muito bem!". E eu, teimosa, acredito que as coisas podem melhorar mais ainda; eu posso melhorar muito mais. Sou perfeccionista, admito. E isso me causa uma série de problemas.
Eu preciso ter a certeza, apesar de já me terem dito que sim, que estou pisando em solo firme. Que meus esforços estão dando resultados. Que minha capacidade é suficiente para realizar um trabalho tão bom quanto o dos meus colegas de trabalho.
Eu preciso estar completamente segura para me sentir feliz, realizada. Parece que estou operando em modo automático, até ter certeza que minhas ações são suficientes, capazes. Digamos que estou 60% feliz. Eu quero mais!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

No país das maravilhas

É a segunda vez que isso acontece: "você é tão bonita, devia sair mais. Conhecer gente, arranjar um namorado. Não pode ficar sozinha", diz o motorista gentil que às 2 da manhã, após um dia todo de trabalho, puxando papo me aconselha a viver a vida.
Posso até ter mentido, mas estou bem assim. Estou focada no trabalho, tenho outros objetivos neste momento. Devo aproveitar enquanto tenho saúde e posso me matar de trabalhar para conquistar minha independência financeira. Depois penso em passeios, viagens, namorados.
Consegui acalmar meu coração e coloquei dentro dele outras prioridades. Não desisti. Apenas estou adiando, mesmo porque me envolver com alguém que não está interessado realmente num relacionamento (não estou falando em casamento!) não está nos meus planos agora, depois de tudo que passei.
E claro que penso, quando coloco a cabeça no travesseiro, como seria bom ter alguém para compartilhar comigo tudo o que está acontecendo agora... Mas também não quero um cara que fique controlando tudo o que faço, alguém que eu tenha que ficar comunicando pra onde vou o que farei.
Acho que estou bem...ou pelo menos sei fingir muito bem. Só me sinto como se estivesse num mundo paralelo, não tãaaaao maravilhoso assim.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O quintal

Abril ficou pra trás. Maio já está no fim. Estou vivendo o início de junho. Tudo acontecerá em junho.
E são de junho as minhas memórias mais queridas. Junho lembra quentão, pinhão, bolinho de frango e fogueira. Comemorávamos assim os aniversários de minha avó, na chácara, no interior de São Paulo. Tive uma infância maravilhosa, devido o trabalho de minha mãe, fomos - minhas irmãs e eu - morar com meus avós na chácara. Lá, as árvores frutíferas eram nossos esconderijos e refúgios. O quintal era imenso e cada dia era dia de novas experiências e de explorá-lo na companhia das minhas irmãs e primos. As árvores, apesar de plantadas, pareciam estar ali há séculos. Com exceção de um flamboyant gigante na entrada da chácara que dava as boas vindas às visitas e que, quando vendida a área, foi a primeira coisa a cair ao chão. Naquele dia, chorei como um bebê ao ouvir o som da serra elétrica. Foi como se podassem pedaços da minha infância.
Também tinha goiabeiras, abacateiros, laranjeiras (de todos os tipos), pés de cana de açúcar, limoeiros, jabuticabeiras, amoreiras, caquizeiros, pés de romãs, peras, maracujá e mangas, pitangueiras, pés de jacas. Flores de todos os tipos e cores. Quatro pés de ipês brancos foram plantados paralelamente à varanda da casa e quando floresciam, iluminavam o jardim.
Lembro-me da varanda, comprida, com vários bancos e cadeiras e lá no fundo, uma rede ao lado da lousa onde deixávamos recados todos os dias. No meio, quase em frente à porta principal, a cadeira de balanço do meu avô. E ele, lá sentado, ouvindo seu rádio de pilha laranja.
A porta dava para a sala. Do lado direito, a poltrona da minha avó e um banquinho de couro vermelho, apoio para os pés. À frente, a estante com a TV. À esquerda o sofá e à frente, uma rádio vitrola muito antiga, que sumiu de casa após a morte da vovó. À esquerda da sala, ficava o quarto da vovó, que tinha um cheirinho de cânfora. À frente da sala, a copa, enoooorme, com duas mesas, uma cristaleira muito antiga que também sumiu e o relógio cuco que tinha pelo menos uns 200 anos. Adivinhem? Sumiu! Dizem que foi vendido. Ao lado da copa, o quarto do vovô, disposto perto do banheiro. E a cozinha ao lado da copa. Cozinha antiga, com cortinas e panos de prato de um xadrez azul que nunca esquecerei. A porta da cozinha dava para o quintal.
Ah, o quintal. Era lá também o nosso universo. De um lado o viveiro de aves do tio. Cheio, repleto de passarinhos coloridos. Do outro, o galinheiro. Isso mesmo, a chácara tinha um galinheiro, misto de horta. Minha avó plantava todas as ervas aromáticas que usava na cozinha. E do lado da horta, o galinheiro. Pavões, patos, marrecos, faisões, galinhas, codornas eram criados. Nós colhíamos os ovos, quentinhos, saídos do forno! E tínhamos um pouco de remorso quando comíamos a omelete. Matar uma galinha para o almoço de domingo era a morte pra gente. Literalmente!
E para completar, nosso tio tinha vários cães. E para disputar espaço, os gatos da minha tia solteira. Tudo isso num lugar que para crianças, era mágico. Lá, o maior crime do mundo podia ser praticado a qualquer hora: roubar aquela fruta fresquinha e comê-la aos pés da árvore, sem vizinho reclamando.
Minha infância tem gosto de cana de açúcar cortada em quadradinhos, de chá de romã para curar dor de garganta, de laranja lima bem docinha, de bolinho de chuva em dia frio. Tem as memórias de brigas e aventuras entre primos. De alimentar as aves do galinheiro toda tarde. De colher amoras para fazer geléia. Da esperança de salvar os passarinhos caídos dos ninhos.
Quando saí de lá, o meu quintal era a lavanderia do meu apartamento em Sorocaba. E por algum motivo, sinto falta dele também. Lá, os amigos se reuniam para fumar, além de ser assunto quando a colega de quarto deixava o lixo criar chorume...
E como disse, em junho, as coisas acontecerão. Quem sabe até lá, já terei o MEU quintal...

sábado, 17 de abril de 2010

Êeee vida boa!


Como é bom ter 21 anos!!!!
A gente começa a achar que agora sim, a vida está a nosso favor e nos concede milhões de aventuras e experiências incríveis.
Aos 21, estamos em plena forma, física e mental. Já sabemos o que realmente "queremos ser quando crescer", já podemos pegar o carro emprestado do pai, já podemos voltar da balada um pouco mais tarde, ainda podemos comer a quantidade de chocolate que daqui uns 10 anos não será mais possível...
Enfim, muitas coisas boas estão acontecendo. A família, os amigos, a faculdade, a futura profissão, tudo se encaixa perfeitamente! Você é uma pessoa feliz e iluminada por Deus!
Mas ser feliz não é ter um céu azul todos os dias, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Não é apenas comemorar o sucesso mas aprender lições nos fracassos.
Aos 21 a gente quer abraçar o mundo! Às vezes não dá... mas a gente tenta, cai, tenta de novo... mas sempre com juízo e parcimônia, afinal, como diz Jorge Ben Jor "prudência e dinheiro no bolso, canja de galinha não faz mal à ninguém!"
Portanto, Karen, conselho de quem te viu nascer (aim como estou me sentindo velha...): carpe diem!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Parabéns para mim!

É, mais um niver se foi!
E digo: nunca mais direi minha idade verdadeira. Mesmo porque não aparento ter a idade que tenho (por favor, não assuste... não é tanto assim!!!)
Só por questão de dignidade e honra às regras femininas (ou seriam feministas?), começo a dizer que acabei de fazer 30. Menos que isso seria trágico! Hilário??
Passei o "indesejado" com minha família. Esperei que os amigos fizessem uma festa surpresa ou algo do tipo, mas nada aconteceu. Poucos me ligaram. O Jr debilitado... o jeito foi comemorar numa pizzaria, já que tudo termina em pizza!
Enfim, sem graça... ainda bem que teve bolo de chocolate pra compensar. E pra melhorar ainda mais, foi páscoa!!! Quase uma intoxicação de chocolateeeee!

segunda-feira, 29 de março de 2010

O meu natal!!!!

Sem novidades.
As coisas melhoraram um pouco no trampo, graças a Deus!!!! E eu estou mais calma por saber que o problema não é pessoal...ufa!
A boa notícia é que vou me matar de taaaaanto comer chocolate este fds. Encomendei um ovo de 1k de presente de aniversário! Afinal, eu mereço!
Sem mais. Até depois do niver, da páscoa, um quilo mais gorda e mais felizzzz! (natal de chocólatra é páscoa!!!)

domingo, 21 de março de 2010

A Canastrona - versão 2

Não tem sido fácil.
Por mais capaz que seja - e eu acredito nisso - não está sendo fácil trabalhar. Parece que a qualquer momento descobrirão a farsa e minha máscara de profissional competente cairá. E todos saberão que a caipira do interior não serve para essa função.
É assim que me sinto desde quinta-feira passada. It sucks, como diz o Jr.
Espero de todo o coração que um milagre aconteça. Que o "meu interior" se conecte com o universo e do dia para a noite eu seja capaz, que seu seja a fodona!
Não tenho novidade alguma. Durante esses 7 meses (conta de mentiroso) tenho vivido para o meu trabalho, mas parece não ter sido suficiente. Só eu sei o quanto eu ralei para chegar até aqui (mesmo que eu insista em afirmar que cai de paraquedas nesse local). Só eu sei o quanto sofri e chorei por ter escolhido essa profissão e por dedicar meu tempo e minha vida. Só eu sei o esforço que foi pagar aquela faculdade (ainda devo, não nego), os maus bocados que passei por optar morar sozinha e o quanto chorei no meu travesseiro por achar que tinha feito a escolha errada. "Escolher a profissão do seu coração foi estupidez. Por que não escolheu aquela que lhe traria riquezas?".
O problema é que penso demais com o coração. Meu cérebro, coitado, só tem teias de aranha por falta de uso!
Bom, acho que essa semana é a definitiva. Talvez da próxima vez, tenha alguma novidade. Boa ou má.
Me desejem boa sorte...

terça-feira, 9 de março de 2010

A Sereia


Noooossa! Já estamos em março! E dia 10, amanhã, é niver da Mirella!
Ela faz 14 aninhos. Parece que foi ontem que a vi, recém-nascida: bochechas gordas e rosadas, cabelos loirinhos, toda fofinha!
Eu lembro do aniversário da Mi e da morte de meu pai com muita intensidade.
Sempre fui muito agarrada às meninas, assim como meu pai, que adorava mordê-las! Eu vi nascer, crescer e tornarem-se belas mulheres. Dei muito banho, levei pra casa para cuidar, brincar... só não troquei fralda! Ensinei a andar de bicicleta. Levei para as matinês de carnaval e agora, crescidas, vejo um futuro brilhante. Especialmente para a Mirella, nossa sereia! Já ganhou várias medalhas e campeonatos de natação! Logo, logo estará na faculdade e competindo em mundiais ou olimpíadas!
Agora, completará 14 anos, chegara ao limiar da juventude, a tão sonhada adolescência, deixará para trás a infância ainda tão próxima e irá se preparar para novas responsabilidades, novas descobertas. Entretanto, saiba Mi, que é preciso ter muita consciência de que as coisas mudam, assim como sua idade.
Esta fase de transição não é fácil, mas também não é o fim do mundo. Não anseie por ficar velha mais rápido, pois a velhice chega e não tarda. Viva este momento. O Agora importa. O Passado é importante para sabermos de onde viemos. E o Presente, é realmente um presente! Ame verdadeiramente a si mesma, valorizando-se em todos os sentidos, tente fortalecer sua mente através de boas leituras, boas amizades e no convívio de sua família. Seja perseverante, observadora, perspicaz, sensata. Haverá problemas. Nada na vida é azulzinho! Mas também haverá soluções. E para cada problema, você terá sua família te incentivando e pronta para ajudar. Assim, toda vez que completar um ano de vida, perceberá que teve boas e más experiências e todas foram importantes para a formação de seu caráter e se tornará uma adulta feliz!

Feliz aniversário!!!!

sexta-feira, 5 de março de 2010

O Rei e eu

Teatro Alfa, momentos antes da estréia


Ganhei um par de ingressos para assistir a estréia, dia 27 de fevereiro, de O Rei e Eu, de Rodgers & Hammerstein.
Foi no Teatro Alfa, que pra chegar foi uma aventura!
O elenco é muito bom, produção luxuosa embaladas por uma música contagiante e o cenário, deslumbrante. Baseado no romance ‘Anna e o Rei de Sião’, de Margaret Landon, que eu assisti zilhões de vezes, é a primeira montagem brasileira. Tuca Andrada é o rei e a senhorita Anna é Claudia Netto (maravilhosa!).

A Canastrona - versão mexicana da minha vida

Outro dia li um artigo que falava sobre pessoas que se sentiam uma fraude, mesmo com todo o sucesso que faziam.
Se não me engano uma atriz global dizia que apesar de todo o sucesso e de tantos elogios, se sentia meio canastrona, pois achava que não era boa o bastante para ter todo aquele reconhecimento.
E a matéria prosseguia dizendo que muitas pessoas, de vários escalões e profissões, se sentiam assim, óbviamente, nunca declararam publicamente. E que esse sentimento é tão frequente quanto se imagina.
Pois bem, confesso: eu me sinto assim. Uma canastrona. E quando radicalizo na sessão mea culpa, afirmo: sou uma fracassada.
E hoje é um daqueles dias. Por mais que tente, não consigo passar sem um errinho no trampo. Quando começo a pegar confiança, pronto, lá vem a bronca! Deixei passar alguma coisa... e isso me frusta taaaaanto, que mal consigo dormir quando acontece. Faço, refaço, leio, releio, checo mil vezes a informação, mas ainda não tenho aquele olhar crítico para saber que tal informação está incorreta. Fica parecendo que não me esforcei o bastante...
Se analisar esses seis meses de trabalho, acredito que melhorei muito. Mas ainda falta esse olhar crítico. E me critico muito por isso, afinal, sei que sou capaz senão não teria chegado onde cheguei.


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Todo carnaval tem seu fim


Passei o Carnaval em Itapê. Jr esteve por lá. (Se bem que preferiria passar o carnaval em Veneza, claro!)
Sem novidades por aqui. Apenas aguardando o ano começar pra valer!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Metallica mother f***er!


Janeiro terminou com chave de ouro!
Sábado, dia 30 fui assistir ao show do Metallica no Morumba!!!!
Tentei ligar pro Jr e pro pessoal, mas como sempre, ninguém atendeu ao celular. Quando já estava na sala de imprensa do estádio consegui ligar pra ele. E adivinha: Tuna e Zeh estavam lá também. Que legal! Tentei ligar para ela váááárias vezes até que o Zeh, muito puto (não comigo) atendeu o cel e disse que tinha se perdido da Tuna. Combinei de encontrar com eles depois do show, mas quando liguei novamente, eles já estavam voltando para Sorocaba...
Enfim, depois da sala de imprensa, fomos pra pista. Fiquei ao lado do telão e vi o show todo sossegada! Foi muiiiiito bom. Há anos não tinha ido a um show de rock, já nem me lembrava mais...
Passei o fim de semana surda! Mas valeu a pena sair um pouco de casa.
Só fico imaginando como o pessoal da revista vai reagir quando souberem que sou roqueira... hehehe

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Chove chuva!!

Estadão. Chuva na Aclimação, zona sul.


Sem novidades. Tudo por aqui está voltado ao trabalho.
Há cinco meses estou lá. E ainda me sinto como se fosse o primeiro dia. Palpitação, nervoso, ansiedade, vontade de acertar tudo! Mas acredito que sou capaz e tenho muito o que aprender.
Já no pessoal, acho que faz um mês que não vou para Sorocaba. Estou morrendo de saudades do Jr, da Tuna, da Caah, Mary e do Ju. Fico sabendo das coisas com meses de atraso, ou seja, sou a última a saber das novidades... Me sinto como o marido traído que é o último a saber!!
Enfim, a vida passa. E para mim, está embolorada de tanta chuva...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Dores do mundo

A fase fim-de-ano-down já passou! Sendo clichê, digo: ano novo, vida nova!
Pra começar, não fiz resoluções, promessas e nem nada que eu tivesse que passar 2010 sem. Não fiz promessa pra parar de comer chocolate e muito menos para começar dieta ou academia. Nada disso. Passei o reveillon de preto. E daí? O branco é a ausência de cores... o preto então, é a união de todas elas (segundo a indústria gráfica, claro!).
Enfim, comecei janeiro com o pé direito! Ajudei mommis a reformar a casa e agora, começo a reformar minha vida.
Para começar, fiz minha matrícula no curso de pilates. Não é uma resolução a ser realizada e sim, uma vontade antiga. Troquei minhas dores n'alma pelas dores musculares! Pelo menos preencho minhas manhãs de segunda e quarta. Por enquanto estou no nível mais basiquinho que se possa fazer numa aula, mas descobri dores em partes do corpo que nem sabia que eu tinha!! Bom, quando estiver com o corpo da Luiza Brunet, estarei satisfeita.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Saudades

Hoje meu pai faria 62 anos.
Parece que ele vai voltar algum dia. Sinto esse buraco na minha vida.
Nunca tive a chance de dizer o quanto sou grata por ele ter trabalhado tanto para conseguir que eu entrasse numa faculdade (mesmo não sendo Direito que ele tanto queria...), por tantas noites mal dormidas esperando que eu ligasse para ele me buscar nas festas da vida ou quando ele me irritava profundamente mordendo minha bochecha ou estalando os dedos dos meus pés...
Poderia ter dito tanta coisa.

Amigos em casa: não tem preço.

Bom, primeira postagem de 2010.
Farei um resumo de como foi o fim de ano: todos viajaram ou foram passar o reveillón em algum lugar e, como sempre, Will (leia-se Jr) e eu (Grace) passamos o ano novo em casa e depois fomos para uma festa numa chácara no fim do mundo. "Festa estranha com gente esquisita". Levei quase uma semana para limpar minha sandália nova...
Foi chato passar sem o pessoal. Mas cada um está seguindo seu caminho. Eu tenho certeza de uma coisa: qualquer que seja meu caminho, o Jr estará nele. Aliás, todos os meus amigos estarão, mas a minha relação com o Jr é diferente. Estamos sempre juntos, nos bons e maus momentos. Isso é melhor que casamento!!
Mas mesmo assim, me sinto sozinha. Sinto falta do pessoal todo reunido em casa, mesmo que para algumas cervejas e desabafar sobre a semana. Ou mesmo de um ou outro aparecendo para conversar sobre algum problema em potencial. Sinto falta do meu apê, das minhas coisas, das minhas manias de solteira...
Às vezes, me dói o peito de tantas saudades... mas quando a gente cresce, dói... entretanto, este é o preço que pagamos.
* sair pro Salomé num domingo à tarde: R$ 20,00
* ir para o Pub sabadão: R$ 10,00 (mulheres, consumação); R$ 20,00 (homens).
* almoçar no Ragazzo ou Spoletto: R$ depende da fome!
* amigos por perto: não tem preço!