domingo, 31 de outubro de 2010

Saúde, educação e ética

Deixando as opiniões políticas de lado, esse é um momento histórico para o país, com a eleição da primeira mulher à presidência. É fato.
Não sou fã dela e nem de seus companheiros de partido. Aliás, sou bem cética quanto a isso, mas prefiro acreditar que o país continuará crescendo.
O que eu realmento quero é que a educação, a saúde e a ética sejam pontos base de seu governo. Que ela cumpra realmente a metade do que disse, pois o trabalho para a erradicação da miséria é árduo, difícil, mas não impossível.
O mérito, opinião minha, não é dela. Sem o apoio do presidente Lula, Dilma não teria sido eleita.
Tenho medo. Espero que esteja errada. Que 2011 seja um ano bom para todos. E que os anjos digam Amém!
Caso contrário, 2012 está bem perto!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Delírios de consumo!

Não resisti. Já é quase uma da manhã e tive que vir aqui, compartilhar o que me aconteceu hoje.
Saí com minha mãe. Não tínhamos nada de muito importante para fazer no centro, então, resolvemos passear, após passar no banco para fazer um saque, no lado chique da cidade.
Olhando as vitrines, comentei que precisava comprar umas roupas, pois trabalhar na redação, me fez sentir como se tivesse passado uma temporada no SP Fashion Week e eu era a repórter nerd que não ligava para o que vestia "porque essa não era a minha vibe".
Já sou uma jovem senhora e ainda não consegui achar meu estilo. Odeio roupas com listras verticais (as cor-sim-cor-não), floridas, transparentes e com babados. Sou chaaaaaaaaaaata ao extremo para escolher roupas. Gostaria de ter um personal stylist para me ajudar. Não se engane: adoooooro fazer compras, mas tenho que estar no dia certo, ou seja, bem longe da TDM (no meu caso é D de durante...).
Enfim, paramos para olhar uma vitrine que me atraiu. Minha mãe gostou de umas regatinhas. Logo que comentamos, a vendedora saiu de dentro da loja para nos mostrar as novidades. Lembrei da Tuna, saindo do açougue para caçar os clientes na calçada (kkkkk, sorry, Tuna...). Pensei: posso comprar umas duas blusinhas e pagá-las com cartão. Comecei a ver as araras e não gostei muito dos modelos que a vendedora mostrava. Meu sexto sentido gritava: saia logo dessa loja!!! Insisti.
Tratei logo de dizer minhas preferências, pois vi que a vendedora estava empurrando as peças (não estou julgando, mas acho que a vendedora precisava ser mais precisa em conhecer um pouquinho sua cliente) e fui procurar outras peças nas araras. E adivinha: ela insistia em mostrar peças super decotadas, com listras e floridas.
Achei duas peças que me chamaram a atenção na loja toda. Fui experimentá-las. Enquanto isso, minha mãe achou vestidos, coisa rara para uma senhora de 70 anos.
Experimentamos as peças. Eu costumo olhar a peça para ver possíveis erros de costura. Minha mãe escolheu um vestido. E lá estava eu, no provador ao lado, dizendo pra vendedora que aquelas peças não me agradavam porque eram decotadas, transparentes, apertadas, floridas, listradas. Até que escolhi três peças.
Fui pagá-las. Meu espanto: mais de 300 reais por duas blusinhas e um casaquinho. Na minha atual situação (que prefiro não comentar), com esse dinheiro faço uma p*** compra na Maria Marcolino e na rua Oriente em Sampa. Para não me enrolar com a fatura do cartão, resolvi levar uma blusa e o casaquinho. Pedi que fizesse no crediário. Fui olhar o casaquinho e vi a etiqueta: mais de 100 reais por uma peça com uns 40 centímetros de pano e renda. Sim, 20 centímetros de pano e 20 de renda. Fiquei boquiaberta pelo preço, pela cara de pau da vendedora de dizer que o casaquinho era uma peça de acessório e por mim, que mesmo assim levei a peça.
Pior ainda foi ouvir da vendedora que minha compra não passou no cartão. Tentamos 3 vezes e nada. Me lembro muito bem de ter pago a fatura cinco dias antes da data e de ter limite. Minha mãe se ofereceu para colocar no cartão dela junto com seu vestido. Surprise, surprise. O cartão dela também foi rejeitado pela tal maquininha. Ligamos para o 0-800 do cartão e, tinha um óoooootimo limite para compras. Quando resolvemos desistir da compra após o vexame dos cartões, a vendedora já tinha retirado as etiquetas, embalado as roupas nas sacolas. Fomos obrigadas a levar as peças no crediário da loja...
Eu não precisava realmente da roupa, mas num delírio consumista durante a Tensão, levei a roupa por questão de honra, independente do cartão colaborar ou não.
Foi ridículo. As vendedoras dizendo que era normal aquele tipo de problema com cartão. E nós duas totalmente envergonhadas, querendo desistir da compra e não ter entrado nunca na loja. Saímos de lá constrangidas, com remorso de termos comprado sem necessidade.
Agora percebo que a saída da vendedora da loja para nos interpelar na calçada, olhando a vitrine, foi puro golpe de marketing! Ela soube realmente vender. Saímos de lá com a sensação de dever um favor à pobre funcionária. Com apoio total e irrestrito de nossos cartões!
Da próxima vez, juro, juro que passo na calçada sem mover qualquer músculo do pescoço para olhar pra qualquer vitrine que seja!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Segundo round

É engraçado como a cultura e a educação influenciam sobremaneira as nossas escolhas.
Quando temos acesso à educação, podemos analisar mais criticamente nossos candidatos e suas plataformas eleitorais. Não apenas os candidatos, mas teríamos mais argumentos para questionar os políticos que escolhemos e que não estão fazendo seu trabalho.
Ainda assim me espanto com as pessoas nas ruas, comentando sobre o segundo turno da eleição para presidente. E me espanto mais ainda quando as pessoas se doem por seu candidato não ter sido eleito no primeiro turno como se isso dependesse sua vida.
Os valores inverteram. São eles, os candidatos, que precisam de nós, dos nossos votos, da nossa aprovação. Eles precisam mostrar que estão aptos a exercer esse cargo. Não devemos a eles nenhum favor, pois esses candidatos serão nossos representantes. É do nosso bolso que sai o dinheiro para o pagamento do salário desses candidatos.
Fico triste porque o país ainda não investiu o suficiente na educação para que a população tivesse condições melhores para analisar e criticar (de propósito ou não, não sei...). Talvez educação e cultura ainda não estejam na pauta dos candidatos e muito menos na vida dos brasileiros. Imagino como será o futuro do país... aliás, não quero saber.
Portanto, vamos para a segunda etapa. Espero que Deus olhe por nós, brasileiros, porque se depender da vontade da maioria, estamos fritos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Se cercar, vira hospício; se cobrir, vira circo!


Aqui estou. Tentando configurar meu micro, pois meu teclado evita ardentemente acentuar as palavras. Ce cedilha não existe... o ponto de interrogação é tecla mística.
Mas não estou aqui para questionar a configuração do meu micro e sim, para desabafar.
Até agora não consegui escolher meus candidatos para esta eleição. Se bem que há várias eleições que meu voto é sofrido. Estas não são exceção.
Já tenho meu candidato a presidente, mas não é o meu ideal. Menos ainda os candidatos a governador, senador e deputados. A vaga para candidatos a deputados virou chamariz de voto para membros do mensalão e candidatos fichas suja (aliás, toco nesse assunto mais pra frente), além de ter que aguentar sub celebridades, ex-jogadores, palhaços, entre outros esquisitos.
Na reta final, vejo alguns candidatos como potenciais, mas nenhum capaz de ter um programa de projetos que seja realmente posto em prática. A luta pela vaga é disputada não por candidatos, mas pelos marketeiros. Mostram um Brasil lindo, com economia e educação dignos de primeiro mundo. Mas o que vemos é um país que ainda não possui sequer cultura para separar o joio do trigo. Um país em que as pessoas ainda trocam voto por dentaduras, botinas, dinheiro.
Outra vergonha é o país ter que obrigar seus candidatos a ter ficha limpa. Para ser candidato, a ética e a honestidade tinham que ser inerentes ao caráter da pessoa. Não uma obrigação e sim, uma qualidade.
O futuro político do país precisa ser levado a sério. Olhando bem para os candidatos e seus projetos dá uma vontade de reclamar, mas o voto de protesto leva para o congresso membros do mensalão e outras espécies de malandros e afins. Políticos confundem política com politicagem e dá nisso: se cercar, vira hospício. Se cobrir, vira circo, como dizia meu bisavô.
Agora nos resta apertar as teclas e rezar para que as pessoas que nos representarão sejam dignas do salário que receberão e que sai dos nossos bolsos.