sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Quando?

"Chore. Grite. Ame. Diga que valeu, que doeu, que daqui pra frente só vai melhorar. Perdoe, insista, ame novamente. Não leve a vida tão a sério. Descomplique. Quebre regras, perdoe rápido, beije lentamente. Ame de verdade, ria descontroladamente e nunca lamente nada que tenha feito você sorrir".
Vinícius de Moraes era uma homem sábio. Em poucas palavras conseguia sintetizar a essência de viver. Do bem viver.
Para muitos a vida é assim. Descomplicada e sem obstáculos. Mas não para mim. Cada dia é um novo dia, um novo desafio. E como são pesados...
Sinto que estou desperdiçando meu tempo e meus desejos estão ficando cada vez mais distantes. Se conquisto uma coisa aqui, perco outra ali.
Estagnação é o tema da minha vida. Quando dou alguns passos para a frente, algo acontece e dou outros milhares para trás. Observo outras pessoas e vejo que as coisas são tão fáceis e os obstáculos que eles encontram são tão fáceis de superar.
Believe me. 2012 e 2013 não foram anos fáceis de encarar. Sinto-me agradecida pela minha saúde e pela saúde de minha família mas a carga negativa que esteve por aqui foi muito intensa. E ainda está.
Eu sinto o peso do mundo nas costas e estou ficando cansada de carregá-lo. Estou ficando sem forças para me lançar à frente. Estou ficando sem forças para poder me ajudar porque vivo ajudando os outros...
E então, me pergunto todas as noites: quando a minha vez chegará? Quando será mais leve? Quando será?



segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Um lar pra chamar de meu

Há meses eu queria postar sobre esse assunto mas algo me dizia para esperar.
Acho que hoje é o momento de dividir com vocês uma alegria que recebi este ano que, para mim, foi o pior de toda a minha vida (e olha que ele ainda nem terminou...)
Com o dinheiro de meus últimos dois empregos aplicado eu comprei uma cobertura!! Agora eu não posso mais dizer que sou nômade!
A entrega do apê está agendada para julho de 2014, mas como todos nós sabemos deve atrasar alguns meses.
Bom, já venho me preparando para decorá-lo. Eu o comprei no final do ano passado, na planta, o que para mim foi um achado já que não tinha pressa para habitá-lo. Na verdade, nem foi tão difícil encontrá-lo. Me apaixonei logo pelo primeiro que eu vi e eu visitei uns quatro com a ajuda do Jr.
E para comemorar essa conquista, aqui vai um poema de Carlos Drummond de Andrade:

Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.


domingo, 16 de junho de 2013

Feliz aniversário



Como explicar ou definir amor maternal?
É tão sublime, puro e forte! Ultrapassa todas as barreiras do pouco que conhecemos e sabemos.
É um amor repleto de sonhos, desejos, preocupações, companhia, sabedoria.
Ao mesmo tempo reflete uma vida inteira dedicada aos filhos. São 74 anos de disposição, carinho, ternura, bons conselhos.
Às vezes olho para você e desejo ter um pouquinho que seja dessa sua disposição em ajudar e estar ao nosso lado. Quando me sinto cansada ou desanimada, olho para você correndo prá lá e prá cá com suas netinhas e penso que não tenho o direito de estar assim.
Você é nosso modelo de mãe e mulher nesse mundo que não para de nos dar maus exemplos.
Você é nosso porto seguro, nosso chão e nosso mundo. Quando tudo dá errado ou quando as coisas não saem como gostaríamos, você está ao nosso lado nos incentivando.
Somos abençoadas por termos escolhido você como mãe, amiga e conselheira.
Gostamos de estar ao seu lado, de rir, de conversar sobre tudo. Você é tão sábia! E no alto de seus 74 anos, tão disposta ao novo. Você não envelhece, adquire sabedoria e conhecimento.
E por falar em conhecimento, tenho certeza que muitos outros "filhos" seus agradecem por sua persistência e dedicação durante os tantos anos de atuação no ensino público deste país que não está preocupado com a educação.
Obrigada por nos ensinar sobre cultura.
Obrigada por nos ensinar sobre educação.
Obrigada pelo seu amor.
Obrigada por ter me recebido em seu ventre e ter me dado o dom da vida.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Coisas do interior


Fiquei tanto tempo sem escrever aqui que pensei que fosse incapaz de fazê-lo novamente. Mas não foi só isso que me afastou do meu blog. Muita coisa - boa e ruim - aconteceu.
Tenho a sensação de estar renascendo. Estou dando os primeiros passos novamente em muitos aspectos da minha vida. Até então estava sem chão, sem rumo.
Reavaliei muita coisa. Reavaliei sentimentos, ações, posturas, amizades, profissão e família. Percebi que meu porto seguro, mesmo querendo negar desde os meus 14, 15 anos, é minha família. Estamos em um momento de recuperação. Tivemos muitas perdas em um ano. Entretanto, para os pessimistas de plantão, estamos indo muito bem, obrigada!
Não me sinto fracassada de estar aqui de volta, pelo contrário. Me sinto renovada. Só quem mora no interior para saber o quanto esse tempo que temos aqui é precioso. Só quem vive no interior sabe a importância de termos tempo para apreciar as coisas boas da vida. Não temos trânsito, não temos pessoas grossas, pessoas atropelando o outro para entrar em um meio de transporte coletivo, não temos poluição e temos o que você não tem na capital: liberdade.
Tenho minha mãe, com 73 anos e ativa, minhas irmãs, pessoas iluminadas e sábias, e minhas sobrinhas que chegaram há pouco na família, além de tias e primos por perto. Isso é motivo suficiente para ter pena de pessoas que acham que família é um estorvo. E conheci muitas pessoas assim...
Reavaliei minha carreira. Sou graduada em Relações Públicas e em Jornalismo. Amo o que faço e faço com prazer. Admito que ouvi muitas frases como "está uma porcaria", "não era isso que eu queria", "você não é boa com atendimento", entre outras frases "gentis". E hoje posso afirmar: isso não é maneira de capacitar um funcionário. Sei que essas frases me influenciaram em algum momento da minha vida e até me atrapalharam. Elas me fizeram entender o que eu quero e quem eu sou. E eu sou capaz, afinal, trabalhei em todas as áreas da comunicação e procurei me especializar desde o segundo ano de faculdade, isso lá em 1995. Ou seja, são 18 anos trabalhando sem parar.
Neste momento, entretanto, estou em casa, na companhia de minha mãe e de minhas sobrinhas. Observo-as brincando, crescendo e aprendendo e vejo como é bom ter esses momentos. Estou assistindo Sob o Sol da Toscana pela décima vez, comendo pipoca e tomando um chocolate quente em plena quarta-feira chuvosa e fria, coisas simples que tenho certeza, dão inveja em muita gente por aí.
Inicio hoje, portanto, após dois meses de férias forçadas, uma nova fase em minha vida. Aguardem e morram de inveja!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Hopes & Dreams

Inicio o primeiro post de 2013 pedindo aos deuses da escrita que me inspirem o ano todo.
2012 foi um ano difícil, pessoal e profissionalmente. Muita coisa mudou. Aprendi muito e estou disposta a aprender muito mais. Tenhos sonhos e esperança de realizá-los.
O que preciso controlar, entretanto, é minha ansiedade e o tempo. Preciso que o tempo seja meu aliado porque quando percebo já é sexta-feira. Quando percebo já é natal e então, já terminou o ano!
E como diz Mário Quintana, "quando se vê perdemos o amor da nossa vida. Quando se vê passaram 50 anos!"
Acredito, do fundo de minha alma, que este ano será invadido por um turbilhão de sentimentos e ações que mudarão minha vida.
Então, que sejam mais doce...Todas as manhãs.
Que sejam mais doce...As atitudes diárias.
Que seja mais doce...A espera pelas mensagens e ligações.
Que seja mais doce...A minha presença na sua vida.
Que seja mais doce... O convívio.
Que apenas seja mais doce...