quarta-feira, 22 de maio de 2013

Coisas do interior


Fiquei tanto tempo sem escrever aqui que pensei que fosse incapaz de fazê-lo novamente. Mas não foi só isso que me afastou do meu blog. Muita coisa - boa e ruim - aconteceu.
Tenho a sensação de estar renascendo. Estou dando os primeiros passos novamente em muitos aspectos da minha vida. Até então estava sem chão, sem rumo.
Reavaliei muita coisa. Reavaliei sentimentos, ações, posturas, amizades, profissão e família. Percebi que meu porto seguro, mesmo querendo negar desde os meus 14, 15 anos, é minha família. Estamos em um momento de recuperação. Tivemos muitas perdas em um ano. Entretanto, para os pessimistas de plantão, estamos indo muito bem, obrigada!
Não me sinto fracassada de estar aqui de volta, pelo contrário. Me sinto renovada. Só quem mora no interior para saber o quanto esse tempo que temos aqui é precioso. Só quem vive no interior sabe a importância de termos tempo para apreciar as coisas boas da vida. Não temos trânsito, não temos pessoas grossas, pessoas atropelando o outro para entrar em um meio de transporte coletivo, não temos poluição e temos o que você não tem na capital: liberdade.
Tenho minha mãe, com 73 anos e ativa, minhas irmãs, pessoas iluminadas e sábias, e minhas sobrinhas que chegaram há pouco na família, além de tias e primos por perto. Isso é motivo suficiente para ter pena de pessoas que acham que família é um estorvo. E conheci muitas pessoas assim...
Reavaliei minha carreira. Sou graduada em Relações Públicas e em Jornalismo. Amo o que faço e faço com prazer. Admito que ouvi muitas frases como "está uma porcaria", "não era isso que eu queria", "você não é boa com atendimento", entre outras frases "gentis". E hoje posso afirmar: isso não é maneira de capacitar um funcionário. Sei que essas frases me influenciaram em algum momento da minha vida e até me atrapalharam. Elas me fizeram entender o que eu quero e quem eu sou. E eu sou capaz, afinal, trabalhei em todas as áreas da comunicação e procurei me especializar desde o segundo ano de faculdade, isso lá em 1995. Ou seja, são 18 anos trabalhando sem parar.
Neste momento, entretanto, estou em casa, na companhia de minha mãe e de minhas sobrinhas. Observo-as brincando, crescendo e aprendendo e vejo como é bom ter esses momentos. Estou assistindo Sob o Sol da Toscana pela décima vez, comendo pipoca e tomando um chocolate quente em plena quarta-feira chuvosa e fria, coisas simples que tenho certeza, dão inveja em muita gente por aí.
Inicio hoje, portanto, após dois meses de férias forçadas, uma nova fase em minha vida. Aguardem e morram de inveja!