Há tanto por lutar, há tanto o que fazer e, em pleno 2015, estamos discutindo qual tragédia é a mais importante. Oi? Não entendi...
Quer dizer que as pessoas não podem se sensibilizar por aqueles que não tiveram condições de se defender? Por aqueles que morreram enquanto se divertiam? Por aqueles que foram sufocados pela lama? Por aqueles que foram assassinados? Por aqueles que passam fome?
É uni duni tê? Devo escolher a mais próxima porque, por obrigação, moro no Brasil? Tragédia é tragédia, minha gente! Uma das coisas mais tristes é o ser - que se diz - humano relativizar a tragédia.
Quanta insensibilidade...
Estou com meu coração apertado... e como pessoa, profissional, ser humano ou seja lá o que for, tenho, pelo menos a obrigação de orar por essas pessoas que não tiveram chance de se defender, pelas famílias que perderam seus entes amados, pelas pessoas que sofrem todos os dias, pelos que morrem de fome, pelos que morrem em hospitais sem sequer serem atendidos...
As tragédias provocadas pela natureza são inevitáveis e doem tanto quanto qualquer outra tragédia. Mas aquelas provocadas pela ação inescrupulosa do homem, são as feridas que mais sangram, as mais doloridas e as inesquecíveis porque são calculadas, programadas e executadas por loucos fanáticos e intolerantes.
O princípio de qualquer relacionamento é o respeito. Posso não ter a mesma cor de pele ou seguir a mesma religião, mas respeitar a fé, o estilo de vida ou opinião alheia é, no mínimo, princípio explicado e comentado em qualquer civilização, em qualquer livro, em qualquer sociedade, em qualquer família, em qualquer escola, em qualquer religião...
E por mais descrente ou sensibilizada que eu esteja, ainda acredito que a humanidade tem jeito. Pois para cada gesto irracional, tem um francês abrindo os braços para consolar um estranho, um brasileiro se afundando na lama para salvar um cachorrinho, um americano prostrado em orações, um africano alimentando outra família, um pai ensinando seu filho a respeitar seu semelhante, um aluno apoiando seu professor numa manifestação, um policial abraçando uma vítima da violência, um vizinho acolhendo um desabrigado...
Portanto,
"Não desanimes. Persiste mais um tanto. Não cultives pessimismo. Centraliza-te no bem a fazer. Esquece as sugestões do medo destrutivo. Segue adiante, mesmo varando a sombra dos próprios erros. Avança ainda que seja por entre lágrimas. Trabalha constantemente. Edifica sempre.
Não consinta que o gelo do desencanto te entorpeça o coração.
Não te impressiones nas dificuldades.
Convence-te de que a vitória espiritual é construção para o dia-a-dia. Não desistas da paciência. Não creias em realizações sem esforço. Silêncio para a injúria. Olvido para o mal. Perdão às ofensas.
Recorda que os agressores são doentes. Não permita que os irmãos desequilibrados te destruam o trabalho ou te apague a esperança.
Não menosprezes o dever que a consciência te impõe.
Se te enganaste em algum trecho do caminho, reajusta a própria visão e procura o rumo certo. Não contes vantagens nem fracassos. Não dramatizes provações ou problemas.
Conserva o hábito da oração para quem se te faz a luz na vida íntima. Resguarda-te em Deus e persevera no trabalho que Deus te confiou.
Ama sempre, fazendo pelos outros o melhor que possas realizar. Age auxiliado. Serve sem apego. E assim vencerás"
texto de Emmanuel (mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, do livro "Astronautas do além")