sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Pior que está fica sim!

Eleger um candidato é uma oportunidade de fazer valer sua voz. O deputado, prefeito, senador, governador ou presidente são seus representantes e portanto, devem servi-lo com ética e senso de justiça.
Entretanto não é assim que o processo eleitoral acontece no país. Muitos são os candidatos que estão concorrendo a uma vaga simplesmente pela oportunidade de ter um cargo público e usufruir de seus benefícios, estes, pagos com nosso trabalho dentre as várias taxas e impostos, muitas vezes abusivos.
É por esse motivo, também, que devemos ter em mente o voto consciente. Há décadas o eleitor se depara com candidatos despreparados, com venda de voto, com promessas e escândalos em época de eleições.
As denúncias e escândalos provam o quanto os candidatos eleitos se mostram ávidos pelo poder e cercados pela corrupção. As promessas são engavetadas, algumas vezes cumpridas, mas muitas esquecidas após a campanha. Serviram apenas para ganhar a confiança do eleitor indeciso. A venda de votos não acontece apenas no sertão ou nos rincões do interior. Está muito mais enraizada em nossa cultura, agravada pela falta de assistência e de qualidade de vida da população.
Entra campanha, sai campanha, e de quatro em quatro anos aparece alguém que se transforma no maior sucesso da temporada. Com a falta de opção, aparece em primeiro lugar nas pesquisas com 900 mil votos. Escolhem o palhaço, muitos lavrando assim seu protesto. Outros, achando que esse personagem engraçado pode representá-los, ingenuamente.
O voto de protesto já aconteceu em eleições anteriores. Lembro até mesmo de uma eleição em que um animal do zoo (se não me falha a memória) foi o mais votado. Entretanto, o candidato travestido de palhaço não tem a menor noção da importância de um deputado federal para a sua região. Me surpreende ainda mais o partido, aceitá-lo na legenda. Mas dizem os especialistas que há algo por trás dessa candidatura. 900 mil votos é muito além do necessário para se eleger. Os votos excedentes, segundo eles, vão para o partido ou para a coligação. Nesse caso, o voto proporcional poderá eleger também candidatos ligados ao escândalo do mensalão.
Nota-se pelo teor das entrevistas, pelos programas do horário eleitoral e pelos debates que já foi a época que os candidatos traziam programas e projetos e explicavam as propostas claramente e polemizavam quando preciso. As entrevistas e debates ficaram mais amistosos, muito mais chatos, deixando escapar evasivas e perguntas sem respostas. Um candidato tem propostas interessantes, mas evita falar, buscando apenas o apoio de seu antecessor pois este é popular. Um outro, não possui propostas e quando interrogado, desvia o assunto. Um terceiro tem proposta, mas não consegue ser conciso, claro, chegando ao ponto da incompreensão e da falta de senso de oportunidade em adquirir simpatizantes com as falhas de seus adversários. E assim por diantes, vivemos nós eleitores, aturdidos com nossos representantes e nas mãos de seus partidos, que preferem a politicagem ante a política.
O voto consciente não vale apenas para o dia 3 de outubro. Ele será nossa voz, nossos olhos e consciência por longos quatro anos e além. O futuro do país está em nossas escolhas, em nossos representantes. Eles são muito mais que nossos funcionários (já que parte de nossos impostos pagam seus salários), são a chance de melhorar a qualidade de vida de milhares de brasileiros. Os 135 milhões de eleitores têm nas mãos a chance de fortalecer a democracia.
Não estou fazendo apologia ao voto branco ou nulo. Muito menos generalizando e afirmando que todos os candidatos fazem parte dessa escória que assola a política brasileira. Temos - e tivemos - bons exemplos na política. Sua memória é boa? Então você certamente se lembra. Quem tem memória curta, pensa apenas no presente, e acha que pior que está não fica...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ser ou ter? Eis a questão...

Me sinto vazia, sem rumo. Acredito que todas as pessoas que se viram na mesma situação que me encontro questionaram, um dia, se fizeram as escolhas corretas.
O que mais pesa em tudo o que eu faço, é o lado profissional. Ficar num beco, sem saída, esperando que um milagre caia do céu, não faz meu tipo. Mas, pergunto: que fazer? Não tenho por onde começar a procurar. Poucos são meus contatos em São Paulo. Outros poucos em Sorocaba. Quero começar algo novo, que me desafie, e suplico ao universo que ele conspire a meu favor e um dos e-mails e currículos que enviei, ao menos, seja respondido.
Gostaria muito de voltar a morar em Sorocaba. A cidada é tão acolhedora, as pessoas são mais sensíveis e menos estressadas. Lembro-me de uma tirinha da Mafalda, que reclamava: "E não é que neste mundo tem cada vez mais gente e cada vez menos pessoas?!". Entende? Ninguém quer colaborar, ajudar, não são pessoas; são indivíduos com suas necessidades em primeiríssimo lugar. Não importa o quão capaz você seja. O que realmente importa é se você se encaixa no padrão que eles acham ser correto.
Ah, indiferença... esse mal que atinge a grande maioria das pessoas e elas nem percebem que contraíram o vírus.
Talvez eu esteja infectada com tal vírus, pois passamos por situações ou vemos em nosso dia a dia pessoas sofrendo e achamos que isso faz parte da nossa realidade. Acabamos aceitando a vida como ela é. E nem agradecemos ao universo tudo o que somos e o que temos.
Mas ainda assim, reluto em acreditar que existam mais pessoas más, invejosas, traiçoeiras do que pessoas engaijadas, corajosas, capazes. Talvez ainda viva no país das maravilhas. Quem sabe um dia essas pessoas percebam que o ser é mais importante do que o ter.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

10 coisas...

"Odeio o modo como fala comigo
E como corta o cabelo
Odeio como dirige o meu carro
E odeio o seu desmazelo
Odeio suas enormes botas de combate
E como consegue ler minha mente
Eu odeio tanto isso em você
Que até me sinto doente
Odeio como está sempre certo
E odeio quando você mente
Odeio quando me faz rir muito
Ainda mais quando me faz chorar
Odeio quando não está por perto
E o fato de não me ligar
Mas eu odeio principalmente
Não conseguir te odiar nem um pouco
Nem por um segundo
Nem mesmo só por te odiar"

Irada, mal paga e ****

Esperar por algo ou alguém, para mim, é a coisa mais torturante que existe. Quando são as duas coisas, quase arranco os cabelos de ansiedade.
Não sei como pode acontecer, mas aconteceu. Fracassei um pouquinho mais. Quase nem foi minha culpa... Não tenho certeza do que estava fazendo lá. Mas acreditem: foi a melhor e a pior experiência que já vivi. Se não cresci profissionalmente falando, não acontecerá novamente.
Pensei outro dia com meus botões: ser jornalista é a pior coisa que se pode escolher pro seu futuro. É sério! Vocês conhecem um repórter milionário?? Famoso tem aos montes, afinal, hoje qualquer um tem seus 15 minutos de fama. Mas eu não quero fama. Eu quero ser reconhecida pelo meu talento e capacidade. E, claro, ter um bom salário, porque trabalhar de graça, vocês já sabem né?
E foi com essa insatisfação que me imaginei no lugar de várias pessoas. E não tem jeito: vou acabar vendendo água de coco na praia! Primeiro, porque estou ficando cada vez mais nervosa com a falta de educação das pessoas. Tenho vontade de sair dando sapatada nesse povo sem noção que acha que são donos das ruas, dos metrôs, que te empurram, te acotovelam, que atendem mal, que quase te atropelam, aff!
Segundo, porque a concorrência é grande. Pronto, falei! Outro sábado, finalmente saí. Fui a uma danceteria com amiga e o que eu constato: ou é gay (sem ofensa alguma, afinal adooooooro) ou é emo ou é sapata. Bom, o lugar é próprio para esses frequentadores, a música é muito boa, mas eu não faço parte desse público. E, pra variar só um poquinho, lá também te empurram, te acotovelam no estômago, te atendem mal e de lambuja, te passam a mão.
Agora, preciso ter a paciência de um santo para refazer minha vida, recomeçar e aguentar a educação dinamarquesa desse povo. E mesmo sendo jornalista, não consigo descrever, não consigo achar as palavras certas para expressar minha indignação. Só sei que a humanidade está caminhando. Talvez para o fim do mundo...


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Volta aos tempos áureos

Como as coisas mais simples fazem falta quando você não as realizam? Um simples chopp num barzinho com os melhores amigos faz uma faltaaaa...
Poder falar besteira sem ser censurado, trocar ideias insanas, teorias de conspiração contra gente chata e perseguidores, botar as fofocas em dia... é tãaaao bom! É tão bom rir! Rir dos amigos e com eles!
Pena que mal deu tempo de convidar todos os amigos. Falei com a Caah por pouco tempo, sinto falta da Mary.. Foi uma passagem rápida pela cidade que eu amo de paixão. Nem deu tempo de tirar fotos para atualizar as redes sociais, mas valeu muito a pena, especialmente no momento em que me encontro. Me perdi? Sim, me perdi e não sei que rumo tomar...Não para onde ir ou que direção tomar para poder iniciar outro caminho. Mas só de saber que posso contar com eles em qualquer situação, me alivia a alma.
Minha alma está pesada. Ainda penso que foi culpa minha, que fracassei mais uma vez. Entretanto, meus fracassos e erros são tão pequenos diante de meus melhores amigos.