segunda-feira, 6 de junho de 2011

Do lado negro da força

Sigo em ritmo de trator, passando por cima dos meus medos e das minhas angústias. De dia, atropelo tudo. À noite, reflito. Penso tanto que meu pobre travesseiro foge de mim, das minhas lágrimas.


Apesar dessa agitação toda, estou me cansando dessa vida de nômade. Leva malas pra lá, traz malas prá cá... Sem pouso, sem parada, vou seguindo, me atropelando às vezes e atropelando outras pessoas, não por maldade...


Sinto que preciso de um lugar. Preciso de tranquilidade, mas não consigo me ater a isso. Minha ansiedade me faz querer mais, me faz fazer mais do que o necessário. E à noite, o corpo cansado nem consegue dormir. Sonho muitas vezes com a mesma pessoa, coisa que nunca me aconteceu antes. Às vezes reconheço o rosto, outras não. Alguns são pesadelos. Mas a maioria das noites, eu passo acordada tentando achar uma explicação, uma saída, uma solução.


O que me deixa menos frustrada é saber que tenho amigas na mesma situação. Não sou a única a estar do lado negro da força.


Porém, me questiono se pensar mais em mim e nas minhas vontades me torna uma pessoa mais egoísta e com a grelha mais próxima das labaredas do inferno. Eu juro que tentei melhorar. Eu juro que tentei parar com meus vícios e de adquirir outros. Vou continuar me atropelando porque quero experiências. Como disse um amigo, prefiro errar tentando. Vou engolir o choro, enxugar as lágrimas e seguir meu ritmo. O problema vai ser acalmar minha consciência...


Com licença, vou ali focar e já volto...

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