segunda-feira, 20 de julho de 2009

Des-necessárie








"Estou de volta pro meu aconchego", diria Elba Ramalho.
Voltei de uma viagem super curta, mas intensa. Cansada, mas renovada.
Vamos lá, desde o começo: saí de casa sábado, dia 11, em direção à Sampa. A mala levava roupas que eu sabia que havia a possibilidade de não usá-las, ou seja, mais do que o necessário. Coração estava apertadinho de saber que faria aquela viagem com outro propósito, que não estava indo para vê-lo e sim para esquecê-lo.
Cheguei na Praça da Árvore meio triste... Logo anoiteceu e lá fomos nós, cinco mulheres de três gerações da família rumo à Barra Funda, pegar o busão para Caldas Novas. Horário da partida: 23 hs e muito frio! Nossa primeira parada foi em Pirassununga. Mais horas de estrada e já entramos em Minas. Daí pra frente, para a Mi e pra mim, dormir foi artigo de luxo! E quando finalmente conseguimos, o ronco de um elefante nos mantinha acordada.
Outras paradas aconteceram até chegarmos em Goiânia. Lembro de ter parado em Uberaba. A temperatura foi aumentando até chegar a 33, 34 graus. De lá para Caldas Novas foi "rapidim", como dizem os goianos.
Caldas Novas é legal, o hotel que ficamos é bom, mas não tem o que fazer na cidade. É cidade para velhinhos. As coisas mais legais são a feijoada de sorvete e o waffles de sorvete. Ah, a a pamonha doce também é booooa!
Ficamos lá domingo, segunda, terça só comendo pão de queijo. Jesusssss, e como comi farinha branca! Acho que estou intoxicada até agora. Cinco piscinas de águas quentinhas. Tô perdendo o medo!!!
De lá fomos para o Hot Park em Rio Quente. Aconselho!!!! Muito bom!!! Especialmente para quem sabe nadar ou para quem não tem fobia...
E depois, visitamos a floresta do cerrado. Não me lembro o nome do lugar, mas é muito bonito ver algo diferente da mata atlântica. E a árvore típica do cerrado: o pequi, que eles fazem de tudo com essa frutinha!
Quarta-feira de manhã partimos. Fomos para Pirenópolis. Confesso que o check in desses lugares não é o melhor deles... Almoçamos no centro da cidade e de lá fomos para a Pousada dos Pireneus. O local é lindo, mas meio mal cuidado. Mesmo assim, a paisagem vale a pena!
A cidade é a coisa mais fofa! Em todo lugar, uma coisa nova para ver, uma descoberta, um detalhe. Vontade de morar lá...
Infelizmente, quando visitamos o local, percebemos o quanto o brasileiro é ignorante. Dá preferência ao restaurante que a família do Zezé di Camargo frequenta do que a cultura local, o bioma... Enfim, cada um tem a cultura que merece...
Após longos passeios pela cidade, fomos à fazenda Vagafogo. Primeira Reserva Particular do Patrimônio Natural, do Estado de Goiás e uma das seis primeiras criadas no Brasil, com 46 hectares, formada por cerrado, cerradão e mata ciliar e é cortada pelo rio Vagafogo que dá o nome à reserva. Simplesmente lindo o que os proprietários do local estão fazendo para preservar o local e ainda viver daquilo. Ponto positivíssimo para o brunch preparado aos visitantes!!! Comi demaissssss! Experimentei geléia de cagaita (uma fruta da árvore do mesmo nome que se comida em demasia, causa diarréia...entendeu o nome??), geléia de pequi, semente de baru (semente do cerrado que tem gosto parecido ao amendoim torrado) e uma infinidade de pães e pão de queijo e biscoitos...aff!!!!
Voltamos para a pousada e andamos pela cidade. Consumidoras assíduas que somos!
Passamos pouco tempo em Pirenópolis. E já na sexta-feira, voltamos para Sampa. Foram 15 hs de viagem e, para a Mi e para mim, 1 ou 2 horas de descanso apenas...
Durante a estadia nas cidades, percebi que Rafinha Bastos tinha razão. Minha necessárie é uma des-necessárie. Quanta coisa levei que nem usei. E aquilo que realmente precisei, ficou em casa...
Só não me diverti mais porque fui sem muito $$, estava dura quando a viagem surgiu. Não comprei nada para ninguém. Estou numa fase em que cada tostão salvo, tem um valor sentimental!!
Como dizia, após 15 horas de tortura chinesa, furtando mantas coloridas, chegamos em Sampa com um frio de rachar pequi!! Ninguém merece tanta mudança de temperatura assim...
Sábado à tarde resolvemos almoçar no shopping Paulista e pra variar, macarrão no Spoleto!
Domingão, fui levada à feira da Liberdade. Rezando para não dar de cara com o falecido e o "rolinho", se entupindo de yakissoba numa felicidade repugnante de início...de rolo! Aaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhh
E claro que com a sorte que eu tenho e o glamour de uma viagem de comilança e a falta de um secador potente, eu daria de cara com o "homem de respeito", como diz Mary. Graças ao universo que conspira a meu favor, tal agouro não aconteceu.
Chega né? Resumindo: não viajei pra pegar alguém, voltei mais gorda e com os mesmos problemas. Hora de mudar. A começar pela necessárie...
P.S.: Rafinha Bastos é a meta!!!!!

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