terça-feira, 28 de abril de 2009

Sofri um abalo sísmico

Minhas placas tectônicas entraram em estado de choque. Resultado: me recolhi à minha insignificância. Me fechei em meu casulo nestes últimos dois meses.
Não tenho falado com ninguém ultimamente. E as pessoas também não têm me procurado. O único mais próximo é o Jr, que, coitado, atura meus momentos drama queen.
Mas apesar da aparência fútil, de menininha frágil, sou uma mulher só que ainda não desabrochei, não é Gus??
Ao ler isso hoje, na troca de mensagens offline, é claro, fiquei pensando no quanto eu me retraio pra vida. Em quantas oportunidades eu perdi achando que não era capaz. Tanto na vida profissional quanto na amorosa.
Acabo passando para as pessoas uma imagem negativa, de extrema fragilidade. Meus amigos acham que eu não tenho estrutura para aguentar certos golpes da vida. Bom, levei vários este início de ano e ainda estou aqui. Ferida, mas ainda de pé. O abalo sísmico passou, deixou marcas, mas nada que não seja curado pelo tempo...
Pela primeira vez, após o desastre do meu relacionamento anterior, me interessei por alguém. À princípio, não estava querendo sair do meu casulo, mas a pessoa me conquistou. Achei que já estava na hora de levantar vôo, mas foi mais uma queda. Caí com a cara no chão, tombo feio...Entrei em crise, mas me recuperei... acho.
Mas não é apenas a vida amorosa que está em crise. Amor, família e trabalho. Triângulo nada amoroso e que só me dá dores de cabeça. Não sei por onde começo a apagar os incêndios da minha vida.
Concordo que não tenho me dado o devido valor e isso reflete na minha situação atual. As coisas não têm dado certo e aí, eu me recolho ao aconchego da minha concha, me reprimo e me culpo por todas as falhas. E acabo me criticando e me culpando mais que o normal.
E aí, vem à tona o complexo de Greta Garbo: quero ficar sozinha. Mas o problema é que eu não gosto de ficar sozinha.
O Gus estava muiiiiiito sincero hoje, mas não deixa de ser verdade o que me disse: eu tenho que aprender a viver a minha vida. As pessoas estão ocupadas demais vivendo a vida delas e não têm tempo para mim. Eu tenho que aprender a viver sozinha. Admito: não está sendo fácil...
Na minha insanidade noturna, quando ponho a cabeça nos meus travesseiros, me imagino envelhecendo como a senhora dos gatos, aquela mulher solitária com um monte de gatos à volta, falando sozinha, relembrando o passado e remoendo as coisas que podia ter feito.
Não quero isso pra mim. Obrigada Jr pela sinceridade em dizer que teme por minha fragilidade, porque agora eu sei que não sou. Obrigada Gus pelo empurrão: bom saber que apesar de estar por minha conta, não estou sozinha e que conseguirei assim mesmo.
E apesar de achar que meus problemas são um fardo pesado demais, tem gente por aí sofrendo horrores, mas com um sorriso na cara e confiantes de que as coisas vão melhorar.
Portanto, Patríciah, think positive!
P.S.: O chato disso tudo é a saudade...MISS YOU...

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