Às vezes tenho a impressão que as pessoas agem para me pressionar. Pelo simples prazer de me ver de cara amarrada depois.
Após tanto trabalho, um final de semana perdido, fui substituída num projeto. Tudo bem, a parte técnica eu não manjava mesmo e minha superior sabia disso desde o início. Mas dizer que o projeto emperrou por minha causa, já é demais!
Eu tomei lá, bonito! Mas foi para aprender. Como diz a Tuna: fica no seu lugar! Não dê uma de gostosona e que manja de coisas que não são da sua área! Fica na sua, Patríciah!
Acho que isso foi um lapso meu. Achei que daria conta. Mania de grandeza. De mostrar pros outros que eu posso.
Tenho que aprender qual é o meu limite. E a não confiar tanto nos outros.
Aliás, eu confio demais. Chego a depositar minha felicidade nas mãos dos outros.
Agora eu vejo claramente que o Oswald (ex-Tuna) estava certo em alguns pontos, vamos deixar beeeeeeeeem claro. Apesar de toda a ignorância dele, ele dizia que a única prioridade dele era ele. Depois família, depois amigos, depois o resto do mundo. Eu preciso me valorizar mais. Valorizar meu trabalho e minha vida. Contar comigo e só comigo. Na verdade, desde criança eu já pensava assim, mas durante um tempo, achava que era egoísmo meu. Mudei radicalmente. E desde então, só tenho levado tombos.
CHEEEEEEEEEEEGA. Não sou amélia pra ficar sofrendo pelos outros. E isso inclui tudo e todos. Não vou fazer do meu trabalho uma zona de tortura. Não vou depositar meus sentimentos nas mãos de outras pessoas. Não ficarei esperando respostas. Não farei perguntas. Aliás, farei uma única em situações como essas: Patríciah, você quer ter razão ou felicidade?
Mesmo que sofra. Mesmo que me corte o coração deixar para trás pessoas que amo e coisas que conquistei, vou seguir minha vida como planejei quando criança. E não haverá nada nem ninguém que me desviará do meu caminho.
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