domingo, 11 de janeiro de 2009

Sinto sua falta...

Domingo está quase acabando. Não ia postar nada. Estou com muitas dores e quando dói, não consigo pensar direito. Mas uma tristeza me bateu de repente. Aliás, estou triste há alguns dias, porém, por outro motivo.


A tristeza de hoje também tem relação com a falta. Mas essa falta sentirei pelo resto de minha vida. Essa ausência nunca mais será sanada.


Amanhã, segunda-feira, 12, é aniversário de meu pai. Ele completaria 61 anos.


A única coisa que tenho dele é um par de óculos Ray-Ban originais. Sua morte repentina não nos deixou muitas escolhas ou lembranças. Não tenho lembranças de uma relação maravilhosa com ele. Vivíamos em frequências diferentes. Nunca tivemos a oportunidade de sentar e conversar abertamente. Nós dois tivemos culpa, éramos muito fechados. Cada um em sua concha.


Ele nunca foi um péssimo pai. Mas também nunca esteve presente no meu dia-a-dia, um pouco pela diferença de pensamentos e outro pouco por causa do trabalho dele. Eu tenho certeza que ele me amava. Senti isso poucas vezes, mas especialmente quando passei no vestibular e quando voltávamos pra casa, após a matrícula: encontramos com um amigo dele e ele, todo orgulhoso, disse que eu tinha passado no vestibular e que eu faria o que ele nunca conseguiu fazer. Aquele momento eu senti próxima, muito próxima a ele, mesmo ele não tendo dito isso diretamente olhando nos meus olhos.


Outro dia, durante as férias de fim de ano, sonhei com ele. Foi muito real. Senti sua presença no quarto. Ele estava preocupado. Não sei se era comigo. Eu nunca sonho ou pelo menos nunca me lembro deles. Poucas vezes sonhei e geralmente, são sonhos densos, tensos, com algum significado.


Enfim, segunda-feira, 12, será um dia pesado para mim. E com certeza para minha mãe. Tive que ligar para ela agora a pouco para saber se era hoje ou amanhã o aniversário dele. Eu sempre confundo as datas, mas sempre me lembro dele.


Meu pai morreu aos 48 anos. Vítima de enfarto causado pelos anos de uso do cigarro. Seu nome era Luís Carlos e eu o amava, profundamente...






P.S.: sinto sua falta e me desculpe...

Um comentário:

Anônimo disse...

eu nunca senti uma dor desse tipo, mas tenhu certeza que você é forte, pois quando penso nessa perda eu choro e muito, pois meu pai é simplesmente tudo pra mim. não acredito que ele pelo caminho que a vida deve seguir deve morrer antes de mim, tenho certeza que se um dia isso acontecer eu vou sofrer mto e um pedaço de mim morre junto. pois eu sou o que sou por causa dele, e o amo mais que tudo nessa vida. bom, sendo assim eu imagino a dor que está sentindo, essa dor insuportavel que parece que mesmo com os anos ela nao passa, e nao vai passar nunca. sabes que pode contar comigo!!pode mesmo, estou a alguns passos de você!!! amo demais!!!!