quinta-feira, 17 de julho de 2008

Diário de Patrícia - parte I - Freak and maniac


A tecnologia está sempre ao nosso lado.

Assim como Briget Jones, a protagonista do filme O diário de...., aos 33 anos comecei a escrever meu diário. Mas não foi em papel. Foi aqui, neste blog que você lê.

Por que? É a primeira pergunta que me vêm à cabeça.

Porque eu tenho duas maneiras de controlar meus surtos. O primeiro é dançando. Mas como não temos ido ao nosso lugar sagrado para chacoalhar o esqueleto, resolvi usar a segunda opção: escrever.

Não sou tão boa quanto a Tuna, que escreve seis páginas à um pretendente. Aliás, nem tenho pretendentes e nem pretenções. Tenho paixões platônicas, que nunca se resolvem, que nunca resolvo... por falta de tempo, de vontade, de atitude (dos outros)...

Voltando ao filme, assisti-o pela milésima vez ontem à noite. E percebi que eu tenho um Daniel Cleaver (personagem de Hugh Grant, safado, lindo, tarado e extremamente mulherengo) em minha vida. Mas não tenho um Marc Darcy (sério, lindo, tarado educadinho e extremamente gentil) com quem eu possa ter um relacionamento sério. Veja bem: não estou pedindo ninguém em casamento, mesmo porque ao tornar-me balzaquiana, desisti desses planos. Aliás, nunca tive planos de casamento e filhos. Sempre pensei na minha independência financeira. "Se" acontecer, será bom. Se não, será bom do mesmo jeito.

O que está me preocupando, porém, é que não tenho tido tempo para encontrar o Marc Darcy. Pra dizer a verdade, acho que não quero. Fico me prendendo a relacionamentos que sei que nunca darão certo, por medo de ficar sozinha, de não ter de quem falar...

Pois bem, após pensar muito no filme e em mim, decidimos hoje ir à luta. Claro que não vou sair por aí, correndo atrás de um futuro Marc Darcy, vestindo apenas calcinha com estampa de oncinha, uma camisete despudorada, blusa de lã e tênis. Meu senso de ridículo é meu guia e salvador. Estamos indo agora para um bar (apesar da lei seca) onde existem HTs (sigla gay para homens mesmo...).

Quem sabe assim, eu encontre alguém que possa ser, pelo menos, um amigo e que possa me apresentar a outros amigos, que podem nos apresentar a outros amigos e assim por diante até que, um dia, alguém (moreno, alto, bonito e sensual) perceba e me aceite como sou: estranha e maníaca...